Como Prefeito de Major Vieira, Orildo Antonio Severgnini cometeu crimes de peculato por 134 vezes e de lavagem de dinheiro por 22 vezes, além de fraude a licitação, informou o MPSC em sentença publicada nesta quinta-feira (31), ao comunicar nova condenação de Severgnini, de 98 anos e 4 meses.
Na primeira sentença, em agosto de 2021, Orildo já havia sido condenado mais de 57 anos de cadeia.
Na mesma sentença, seu filho Marcus Vinicius Brasil Servegnini, foi condenado a mais de 30 anos de prisão pela participação em parte dos crimes (na primeira condenação ele pegou 47 anos).
Os dois deverão, ainda, pagar indenização de R$ 5,7 milhões a título de danos morais coletivos em favor do Município de Major Vieira.
Mais de 100 anos de prisão para Severgnini, sendo 98 anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado e mais dois anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto.
Esta foi a pena aplicada ao ex-Prefeito de Major Vieira na segunda fase da Operação Operação Et Pater Filium.
A sentença da Vara Criminal da Comarca de Canoinhas reconheceu Orildo Antonio Severgnini como autor de crimes de peculato e de lavagem de dinheiro, além de fraude a licitação, apontados pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Foram condenados também Maria Evani dos Santos, a 36 anos e 11 meses de reclusão, e Diogo Muck de Oliveira, a 2 anos e dois meses de prisão. Este último teve a sentença reduzida em função de ter colaborado com a investigação.
Nesta fase, foi apurada fraude à licitação para a pavimentação asfáltica de uma rua de Major Vieira, e o desvio de bens, serviços e valores públicos em uma série de oportunidades, além do crime de lavagem de dinheiro por meio de empresa de fachada e transferência de bens móveis e imóveis.
A sentença na ação penal foi publicada ontem (30), um dia após ser deflagrada a sétima fase da Operação Et Pater Filium, com o cumprimento de 14 mandados de prisão, entre eles o do prefeito de Canoinhas, Beto Passos, e seu vice, Renato Pike.
Esta é a segunda condenação de Orildo Antônio Servegnini, e seu filho, Marcus Vinicius Brasil Servegnini, resultante da Operação Et Pater Filium, que teve a sua primeira fase deflagrada em 31 de julho de 2020.
Em agosto de 2021, eles já haviam sido condenados, respectivamente, a 57 e 41 anos de prisão e também ao pagamento de outros R$ 5,7 milhões por danos morais coletivos ao município de Major Vieira.