Armando Pérez, do conservador Partido de Ação Nacional (PAN), e Miguel Ángel Reyes, do partido governista de esquerda, Morena, foram encontrados mortos em seus veículos pessoais com ferimentos de bala. Ambos eram candidatos a prefeito da cidade de Maravatio, no centro do México. As mortes ocorreram em um intervalo de poucas horas.

Pérez foi encontrado na noite de segunda-feira (26), enquanto Reyes havia sido encontrado poucas horas antes perto do hospital onde trabalhava como médico. Segundo informações da imprensa local, o político estava acompanhado por outras pessoas quando um homem se aproximou e disparou várias vezes. Ambos os candidatos deveriam concorrer às eleições de 2 de junho.

Durante uma conferência de imprensa diária na terça-feira (27), o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que as mortes foram “lamentáveis”.

Os partidos condenaram os assassinatos e exigiram justiça para os candidatos.

Só em janeiro deste ano ocorreram 36 eventos associados à violência político-eleitoral, segundo dados da Data Cívica, uma associação civil dedicada à análise de dados. Oito candidatos foram mortos desde setembro passado, quando começou o atual processo eleitoral, segundo um relatório da Intergralia Consultants.

Gangues criminosos são conhecidas por financiar campanhas durante a época eleitoral, intimidando candidatos e intervindo violentamente para obrigar os políticos a cooperar com eles, informou o relatório acrescentando que as organizações criminosas centram os seus ataques em nível municipal porque os presidentes da câmara podem oferecer a eles impunidade no território devido às suas ligações com as autoridades policiais e a economia local.

No dia 2 de junho, mais de 100 milhões de mexicanos serão chamados a votar nas eleições gerais, onde serão eleitos 20.375 cargos, dos quais 19.746 são locais e 629 são federais, incluindo a presidência.