A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV) confirmou a identificação de dois casos autóctones (transmissão dentro do estado) da variante de atenção P.1. do SARS-CoV2, conhecida como a variante brasileira.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), a presença de mutações é um processo natural na biologia dos vírus.
Até o momento foram enviadas ao Laboratório de Referência Nacional 264 amostras, sendo 222 de monitoramento genômico e 42 de casos suspeitos de infecção por novas variantes de atenção.
O Governo do Estado de Santa Catarina informa que realiza, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-SC) e em parceria com o Ministério da Saúde (MS), a Vigilância Genômica do SARS-CoV-2, que assim como os outros vírus circulantes, sofre mutações esperadas.
Além do monitoramento de rotina, são enviadas para Laboratórios de Referência, amostras de casos suspeitos de reinfecção, amostras com resultado inconclusivo, amostras de interesse epidemiológico, como as de pacientes provenientes de locais com circulação comunitária de variantes de atenção (VOC, do inglês, variant of concern) e seus contatos, amostras de pacientes com manifestações atípicas da doença ou em agregados de casos com alta taxa de transmissão.
Para a saúde pública, o sequenciamento genético do vírus SARS-CoV-2, aliado a outros estudos, possibilita sugerir se as mutações identificadas podem influenciar potencialmente na patogenicidade, transmissibilidade, além de direcionar medidas terapêuticas, diagnósticas ou ainda contribuir no entendimento da resposta vacinal. Sendo assim, todas essas informações contribuem para as ações de resposta da pandemia.
Os dois casos confirmados, homens com idades de 39 e 68 anos – não tinham registro de viagens para outras áreas do país.