Foto: SECOM/Divulgação |
O ano de 2020 foi marcado pelo registro do maior número de casos confirmados de dengue em Santa Catarina.
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), na última sexta-feira (13) o estado tem 103 municípios infestados pelo mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.
“É o maior número registrado até agora em SC. E nos deixa o alerta: se temos o mosquito, poderemos ter o registro das doenças. Por isso, é tão importante eliminar locais que possam acumular água e reforçar junto à população a importância das medidas de controle do mosquito. Essa é a melhor maneira de evitarmos novos casos”, afirma João Fuck, gerente de zoonoses da Dive.
Além da situação de epidemia de dengue em 11 municípios (a Organização Mundial da Saúde define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes), SC tem confirmados até o momento mais de 11 mil casos de dengue.
“A maioria dos casos são autóctones, ou seja, com transmissão dentro do território estadual. Eles estão concentrados em 52 municípios, sendo que 11 apresentaram transmissão em nível epidêmico. Essa condição é reflexo da presença e disseminação do Aedes aegypti”, alerta João Fuck.
Ações para controle do mosquito
A Dive orienta que as ações que serão feitas pelos municípios levem em consideração a realidade de cada local e sigam as recomendações sanitárias para prevenção da transmissão da Covid-19.
O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.
As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente.
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso.
Prevenção
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.