O prefeito de Irineópolis, Lademir Arcari, e a secretária de saúde Giseli Kempinski, informaram na manhã deste sábado (5), sobre uma notificação recebida via e-mail pela Regional de Saúde, do primeiro caso da variante de Manaus (P.1) do coronavírus, que foi detectado em um paciente do município. (Vídeo abaixo)
Segundo informado por Arcari, a transmissão foi comunitária, isto é, o paciente foi infectado dentro do município, visto que relatou não ter histórico de viagem onde pudesse ter sido contaminado.
A variante de Manaus (P.1) do coronavírus é de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível do que as outras linhagens do vírus, diz estudo publicado na revista Science em abril deste ano.
Entre as 17 mutações identificadas pelos pesquisadores, 3 estão relacionadas com a maior capacidade do vírus de contaminar células humanas.
De acordo com a Giseli, é preciso diminuir o número de casos e evitar a transmissão do vírus que é altamente contagioso.
O prefeito municipal finalizou fazendo um apelo à população: “Só tem uma forma de evitar o contágio, a propagação dessa variante, é evitando aglomeração, festinhas, ir aos bares […] Vamos manter distanciamento, se for sair utilize máscara e álcool em gel nos mercados e comércio em geral. É importante evitar o contágio, esse vírus é mais agressivo. Cuide-se”.
Segundo último boletim, Irineópolis tem 10 mortes em decorrência da covid e 74 pessoas estão com o vírus ativo. No total, 521 moradores já tiveram a doença e 437 estão recuperados.
TERCEIRA ONDA
O cientista Felipe Naveca, um dos descobridores da variante do coronavírus originada em Manaus alerta que ela continua a passar por mutações. Em entrevista na última quarta-feira (2), ele disse que “mudanças na P1 podem torná-la resistente ao ataque do sistema imunológico e, talvez, às vacinas”.
Felipe é vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz/Amazônia) e um dos organizadores do estudo que analisou o genoma de vírus extraídos de 250 pessoas que tiveram o quadro grave de covid-19, no Amazonas. As amostras foram coletadas no período de março de 2020 a janeiro de 2021. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature. Veja na íntegra (em inglês).
De acordo com ele, “o distanciamento social insuficiente” resultou no surgimento de variantes do coronavírus. Para Felipe, o risco de uma 3ª onda “é muito real” por causa da baixa vacinação, do pouco uso de máscara e da falta de distanciamento.
Assista ao vídeo publicado na rede social da Prefeitura Municipal de Irineópolis
O cientista Felipe Naveca, um dos descobridores da variante do coronavírus originada em Manaus e identificada como P1, alerta que ela continua a passar por mutações. Em entrevista ao jornal O Globo nesta 4ª feira (2.jun.2021), ele disse que “mudanças na P1 podem torná-la resistente ao ataque do sistema imunológico e, talvez, às vacinas”.
Felipe é vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz/Amazônia) e um dos organizadores do estudo que analisou o genoma de vírus extraídos de 250 pessoas que tiveram o quadro grave de covid-19, no Amazonas. As amostras foram coletadas no período de março de 2020 a janeiro de 2021. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature. Eis a íntegra,