A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos norte-americana, aprovou o Aduhelm para o tratamento de Alzheimer – fabricado pela Biogen.
O Alzheimer é uma doença cerebral irreversível e progressiva que destrói lentamente a memória, as habilidades de pensamento e a capacidade de realizar tarefas.
Um novo medicamento para Alzheimer não é aprovado desde 2003, segundo a entidade. O tratamento pode custar 50 mil dólares – ou cerca de R$ 250 mil – por ano.
De acordo com o órgão, os pacientes que receberam o tratamento tiveram redução significativa da placa beta amilóide no cérebro, que são tóxicas para os neurônios.
Os cientistas avaliaram a eficácia de Aduhelm em três estudos separados, representando um total de 3.482 pacientes.
Decisão controversa
Apesar de comemorada pelos cientistas da FDA, a decisão é considerada controversa. Isso porque um painel de especialistas independentes considerou, em novembro, que as evidências sobre o medicamento eram insuficientes.
Ele foi testado em dois ensaios clínicos de fase 3, em pacientes já em estágio avançado da doença. Em um dos ensaios, o Aduhelm demonstrou uma redução no declínio cognitivo da doença, mas o resultado não conseguiu ser repetido em outro estudo.
O ensaio clínico da nova droga chegou a ser suspenso porque aparentava não funcionar. Mas a farmacêutica revisou os dados e disse que em doses mais altas a droga freou o avanço do Alzheimer em 22%.
A própria agencia reguladora americana, a FDA, disse que ainda há dúvidas e que por isso a aprovação está condicionada a uma nova fase de testes, que podem demorar anos. Mas enquanto isso a droga estará disponível para os pacientes.