A família de Gustavo Ernst Martins, vítima de um latrocínio em Balneário Camboriú, divulgou uma carta neste sábado (30), falando pela primeira vez sobre a morte do jovem. Em uma parte do texto, dizem: “alguém achou que um criminoso merecia um feriado livre”. O principal suspeito de ter cometido o crime estava na “saidinha” de Natal.
[themoneytizer id=”91092-1″]“Quantas vidas têm que ser destruídas por um agressor já condenado?, a família pergunta. De onde vem a ideia de que uma pessoa presa e condenada por crimes violentos tem direito de se beneficiar de ‘um passeio’ de Natal, pondo em risco outras vidas?”
“Existe um romantismo sobre o direito do preso condenado ser visto como uma vítima da sociedade, mas ao nosso ver, a vítima foi o Gustavo, um jovem de 23 anos que teve a vida interrompida, porque alguém achou que um criminoso merecia um feriado livre. Feriados que as vítimas e suas famílias nunca mais poderão passar juntos”, diz o texto.
Segundo a família, Gustavo havia deixado sua moto para personalização, na terça-feira 26), em uma oficina em Balneário Camboriú, e foi a pé, pelas redondezas, comprar um adesivo que faltava. A uns dois quarteirões da oficina foi abordado pelo homem. O suspeito deu um golpe na cabeça dele com um pedaço de pau e tentou levar a pochete que ele usava. Uma câmera de segurança captou a imagem do homem, que usava um gorro de Papai Noel.
Um popular viu a ação e correu para socorrer o jovem e conter o agressor. Ele conseguiu tirar o pedaço de madeira da mão do criminoso, que fugiu em seguida.
Gustavo sofreu traumatismo craniano, foi internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quarta-feira (27). O jovem era de Londrina (PR) e não tinha parentes na cidade.
Segundo as autoridades, o agressor, que possui passagens policiais e estava em saída temporária, retornou espontaneamente na tarde de quarta-feira para o Complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí. Ele tinha saído do presídio no dia 20 de dezembro. O caso segue em investigação.