A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou esta semana a imagem do rótulo que será colocado nas embalagens do arroz que o governo federal importou. O leilão de compra aconteceu na quinta-feira (6).
Os pacotes virão com os logotipos da Conab e da União, além do escrito “Produto Adquirido pelo Governo Federal”. O produto terá um preço tabelado: será vendido em pacotes de 5 quilos por R$ 20 reais, ou seja, por R$ 4 o quilo.
A medida tem sido criticada por associações de produtores rurais, que a consideram intervencionista e um desestímulo à produção nacional. O setor entrou, inclusive, com um pedido na Justiça para suspender o leilão.
O leilão chegou a ser barrado pela Justiça Federal em Porto Alegre. O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Fernando Quadros da Silva, entretanto, acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e liberou a realização do pregão.
Já o governo tem repetido que a intenção não é concorrer com o arroz do Brasil, mas garantir que o preço do alimento não suba muito ao consumidor após as enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil.
Os pacotes serão entregues à venda direta para mercados de bairro, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas.
O governo não divulgou os países que participaram do leilão. Os principais fornecedores de arroz para o Brasil são os vizinhos do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina), que, inclusive, chegaram a elevar em até 30% o preço do grão, após o governo brasileiro ter anunciado um leilão em maio, que acabou sendo cancelado.