Médicos reconstroem face de mulher atingida por colheitadeira no Paraná 

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A tecnologia usada na cirurgia é considerada uma novidade entre os médicos, por meio de um software desenvolvido na Alemanha.

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A assistente administrativa Sthefane Felipe Verteiro teve a face reconstruída após sofrer um grave acidente quando ia para o trabalho, em Sertanópolis, no norte do Paraná. O acidente aconteceu em 2023.

A tecnologia usada na cirurgia é considerada uma novidade entre os cirurgiões bucomaxilofaciais, que por meio de um software desenvolvido na Alemanha, conseguem imprimir próteses em titânio por meio de uma impressora 3D.

Normalmente, estes equipamentos fazem impressões em resina, material que é mais mais frágil em comparação ao titânio. 

De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial Daniel Gaziri, responsável pela operação, o procedimento foi feito primeiramente no computador, onde foi possível antecipar como ficaria o resultado.

A cirurgia ocorreu na última sexta-feira (12), no Hospital Evangélico de Londrina, mais de um ano após a batida.

O acidente de Sthefane aconteceu em março de 2023. Ela estava de moto e foi atingida por uma colheitadeira que invadiu a pista contrária da PR-092.

A batida desfigurou o lado esquerdo do rosto dela. Como resultado, ela passou a enxergar de forma duplicada, uma condição conhecida como diplopia.

O desafio, no caso de Sthefane, era encontrar uma forma de dar o contorno ideal para o globo ocular dela, permitindo que ele voltasse para a posição correta, o que possibilitaria ela enxergar normalmente de novo. Após muitos estudos e exames, a solução se consolidou com a prótese de titânio.

A recuperação

Sthefane recebeu alta poucos dias após a cirurgia, sem complicações. De acordo com o cirurgião, o globo ocular que estava em outra posição ficou alinhado com ao olho direito.

Também foi realizada a harmonia facial e estética para Sthefane recuperar a autoestima.

Com o sucesso da cirurgia, agora Sthefane quer realizar um outro desejo: retomar o sonho de casar.

Quando a batida aconteceu, Sthefane e o noivo, Jorge Ferreira Aguilar, estavam com casamento marcado. Jorge também estava no acidente.

“Eu guardei as alianças desde a primeira cirurgia. E elas sempre estiveram comigo, em todas as etapas desse processo”, contou Jorge.