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Da cultura ao esporte, relembre as mortes que marcaram 2024

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Silvio Santos, Cid Moreira, Chrystian, Cid Moreira e Ziraldo foram alguns dos artistas e famosos que morreram neste ano.

2024 foi um ano de grandes perdas, do esporte à cultura brasileira, marcado pela despedida de ícones que deixaram um legado profundo em suas áreas de atuação.

No dia 5 de janeiro, Zagallo, o único tetracampeão mundial de futebol, morreu aos 92 anos. Mário Jorge Lobo Zagallo estava internado em um hospital do Rio de Janeiro. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos. Ex-jogador e ex-técnico, colecionou títulos e feitos inesquecíveis na história do futebol mundial.

Zagallo

O ex-piloto de Fórmula 1 Wilson Fittipaldi morreu no dia 23 de fevereiro, aos 80 anos, em São Paulo. Wilson foi hospitalizado após se engasgar com um pedaço de carne e sofrer parada cardíaca durante um almoço. Irmão mais velho do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. Foi ao lado de Emerson que ele começou no automobilismo na década de 60. Juntos, fundaram a equipe Copersucar, única equipe brasileira da história do esporte. 

Wilson Fittipaldi 

Um dos ícones da música caipira brasileira, Sebastião da Silva, conhecido nacionalmente como Caim, morreu aos 80 anos de causa não revelada, dia 31 de março. Ele ficou famoso com a dupla sertaneja Abel e Caim, que venceu um concurso nacional de violeiros em 1966.

Caim

Vocalista e um dos fundadores do Molejo e ícone do pagode dos anos 1990, Anderson Leornardo, nome artístico de Anderson de Oliveira, morreu aos 51 anos, em 26 de abril,  1 ano e meio após um diagnóstico de câncer na região inguinal. 

Anderson Leornardo

Ziraldo, criador de personagens como os de ‘O Menino Maluquinho’ e ‘Turma do Pererê’, morreu em 6 de abril, aos 91 anos, em casa, dormindo. Também chargista, caricaturista e jornalista, Ziraldo Alves Pinto foi um dos fundadores nos anos 1960 do jornal ‘O Pasquim’, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.

Ziraldo

Silvio Luiz, narrador esportivo, morreu aos 89 anos no dia 16 de maio, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Foi um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro. Sylvio Luiz Perez Machado de Souza eternizou diversos bordões no mundo do futebol, dentre eles:”Olho no lance”; “Pelo amor dos meus filhinhos”;”Foi, foi, foi, foi, foi ele!”.

Silvio Luiz

O cantor Chrystian morreu aos 67 anos no dia 19 de junho. A causa da morte foi em decorrência de pneumonia agravada por comorbidades. Nascido José Pereira da Silva Neto, fez parte da dupla Chrystian e Ralf. Iniciou a carreira ainda na infância e fez sucesso com o setanejo nos anos 80. Em 1996, gravaram a canção “Minha Gioconda” com Agnaldo Rayol. A música foi tema da novela “O Rei do Gado” e sucesso no Brasil e na Europa.

Chrystian

Silvio Santos, empresário e apresentador de TV, morreu aos 93 anos em razão de uma infecção por H1N1, em 17 de agosto. Senor Abravanel – nome de batismo de Silvio Santos –foi o nome mais importante do entretenimento da televisão brasileira, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandou a partir de 1963. Foi, também, dono de um conglomerado bilionário criador de marcas como Jequiti, Tele Sena e Baú da Felicidade — além das emissoras TVS e SBT. O apresentador foi homenageado por todas as emissoras do país, unidas em uma demonstração de respeito e admiração.

Silvio Santos

Caçulinha, músico e instrumentista, morreu no dia 5 de agosto. Ele sofreu um infarto aos 86 anos de idade. Rubens Antônio da Silva, segundo a família, aos 3 anos já sabia as notas musicais. Ele tinha 10 anos quando gravou o primeiro disco. Nos 60 anos seguinte tocou praticamente de tudo. De música caipira a bossa nova, de forró a jovem guarda. Ficou nacionalmente conhecido por suas participações no Domingão do Faustão.

Silvio Santos

Em outubro, o Brasil se despediu do lutador de box Maguila, do Jornalista Cid Moreira e do ator Emiliano Queiroz.

Lenda do boxe brasileiro, José Adilson Rodrigues dos Santos lutava contra Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também conhecida como demência pugilística, uma doença incurável. Morreu aos 66 anos.

Ícone do jornalismo da televisão brasileira, durante 26 anos o jornalista Cid Moreira foi o principal rosto do Jornal Nacional. Sua voz tornou-se sinônimo de credibilidade, e seu ‘boa-noite’ diário marcou história na TV. Também participou do ‘Fantástico’ desde sua estreia, em 1973, revezando com outros apresentadores. Ele foi internado com insuficiência renal crônica. O quadro piorou e Cid morreu de falência múltipla dos órgãos aos 97 anos.

Emiliano Queiroz, ator, trabalhou em mais de 60 filmes, mais 60 peças e cerca de 70 novelas, minisséries e especiais na TV. Tem entre seus papéis de mais destaque o Dirceu Borboleta de “O Bem-Amado” (1973). Morreu após uma parada cardíaca com 88 anos.

O cantor, Agnaldo Rayol morreu aos 86 anos no dia 4 de novembro, após uma queda em casa, segundo a família. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. Cantor lírico de repertório romântico e popular, Agnaldo Coniglio Rayol ganhou popularidade nos anos 1960. Em mais de 70 anos de carreira, fez sucesso com gravações de músicas em italiano e religiosas. Rayol cantou ‘Ave Maria’ e ‘Pai Nosso’ da varanda de seu apartamento para vizinhos, durante pandemia em 2020.

Agnaldo Rayol

O ator e diretor Ney Latorraca morreu em 26 de dezembro, aos 80 anos. Artista estava internado após agravamento do quadro de câncer de próstata, e morreu em decorrência de sepse pulmonar. Antonio Ney Latorraca estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.

Ney Latorraca