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Confrontos com a Polícia Militar deixam três mortos neste fim de semana em SC

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A Polícia Militar ressaltou que todas as ocorrências envolveram iminente ameaça à vida dos policiais, justificando as reações em legítima defesa.

A Polícia Militar de Santa Catarina registrou, neste fim de semana, três mortes em confrontos com agentes durante operações distintas. Os casos ocorreram em Florianópolis e Chapecó, envolvendo indivíduos com histórico de crimes e resistência à abordagem policial.

Na manhã de sábado (04), por volta das 9h40, na Rua Inério Joaquim da Silva, em Florianópolis, Ernesto Schmidt Neto, conhecido como “Betinho”, foi morto em confronto com a polícia.

Neto, que possuía extensa ficha criminal incluindo registros por ameaça, lesão corporal e desacato, estava envolvido em uma discussão com vizinhos e ameaçou os policiais com uma faca durante o atendimento da ocorrência. Após supostamente avançar contra os agentes, ele foi atingido e morreu no local.

Chamado também de “Anão da Solidão”, em referência à praia da capital catarinense, Neto tinha 48 anos e era bastante conhecido na cidade e nas redes sociais.

Psicólogo critica ação policial

O psicólogo Thomas Teixeira Fidryszewski, morador da região da Solidão, comentou sobre o histórico da vítima Ernesto Schmidt Neto. Segundo Thomas, que acompanhava de perto a rotina do homem, ele sofria de depressão e enfrentava recorrentes crises nervosas que, embora intensas, eram controladas pela ajuda de amigos e vizinhos.

“Betinho sofria com constantes crises nervosas devido à depressão e agressividade, mas era facilmente controlado por mim e outros membros da comunidade”, afirmou Fidryszewski. O psicólogo questionou a atuação da polícia, argumentando que a situação poderia ter sido manejada de forma menos letal.

De acordo com seu relato, os inquilinos que residiam próximos a “Betinho” chamaram a polícia após um episódio de ameaça. Thomas afirmou que os policiais arrombaram a porta da residência e dispararam contra o homem, descrito como alguém com menos de um metro de altura. “Dispararam mais de cinco tiros em um sujeito que, claramente, poderia ser controlado pelos policiais”, criticou.

Um inquérito Policial Militar (IPM) vai apurar a ação dos policiais.

No mesmo dia, às 18h20, um homem de 25 anos morreu após confronto com a Polícia Militar no bairro Efapi, em Chapecó. O indivíduo, que já respondia por crimes como furto, roubo e receptação, fugiu em alta velocidade ao ser abordado pelos policiais.

A perseguição terminou com o suspeito abandonando o veículo roubado e tentando fugir a pé. Segundo a PM, ele estava armado. Durante a tentativa de detenção, ele teria apontado a arma contra os policiais, que reagiram, resultando na sua morte. Uma pistola e um VW Fox com registro de roubo foram apreendidos.

Já na noite de sábado, por volta das 22h30, um homem de 24 anos foi morto em um confronto no Centro de Florianópolis. Durante patrulhamento em uma área conhecida pelo tráfico de drogas, a polícia avistou homens armados. Ao tentar abordá-los, os suspeitos fugiram, mas um deles disparou contra os agentes.

O confronto resultou na morte do atirador, que possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Uma pistola calibre 9mm, drogas e uma balança foram apreendidas.

Investigações

Nenhum policial ficou ferido nas ações, mas todos os casos estão sendo investigados por Inquéritos Policiais Militares para apurar os detalhes e a conduta dos agentes envolvidos.

A Polícia Militar ressaltou que todas as ocorrências envolveram iminente ameaça à vida dos policiais, justificando as reações em legítima defesa.

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