A advogada Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, desapareceu no dia 29 de setembro de 2024, em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
As investigações apontaram que o marido, na época com 24 anos, teria enforcado a mulher e depois descartado em uma área de mata no município de Palmas, no Paraná. A cidade faz divisa com Santa Catarina e fica a cerca de 140 quilômetros de Caçador.
Nesta semana, a Vara Criminal da comarca de Caçador decidiu levar a júri popular o acusado de matar a companheira. Na decisão, o juízo considerou haver indícios suficientes de autoria e materialidade para a pronúncia do réu.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu entre os dias 28 e 29 de setembro, na residência do casal. O homem teria matado Karize por enforcamento com uma corda de sisal, motivado por ciúmes e sentimento de posse.
A vítima, que se recuperava de uma cirurgia e estava com a saúde debilitada, não tinha condições de se defender.
Após o homicídio, o acusado ocultou o corpo da vítima em uma área de mata próxima ao município de Palmas, no Paraná, onde os restos mortais foram encontrados em 8 de novembro de 2024, enrolados em um cobertor. O corpo foi localizado após a análise de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos com o acusado.
De acordo com os autos, ainda foram encontrados áudios e mensagens, além de imagens e registros de geolocalização que indicavam o trajeto feito em seguida ao homicídio. Ele foi preso em flagrante em Guaíra, também no Paraná, com diversos pertences da vítima.
O réu responde por homicídio qualificado pelo motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver. Com a pronúncia, será julgado pelo Tribunal do Júri, com data ser definida pela Justiça. O processo tramita em segredo de justiça.