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Megaoperação no Rio contra facção deixa dezenas de mortos; mais de 80 foram presos

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Entre os mortos estão policiais civis e do Bope. Além deles, três inocentes foram feridos durante tiroteio.

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O governo do estado do Rio de Janeiro informou que a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), das polícias Militar e Civil deflagrada nesta terça-feira (28) na região dos Complexos da Penha e do Alemão, deixou 64 mortos e 81 pessoas foram presas até o início da tarde.

A operação realizada antes do amanhecer provocou intensos tiroteios dentro e nos arredores das favelas onde vivem cerca de 300 mil pessoas. Traficantes da facção criminosa começaram a atirar e incendiaram barricadas e carros enquanto policiais civis, militares e forças especiais avançavam.

Foto: Jose Lucena/TheNewsS2/Estadão Conteúdo

Entre os mortos estão quatro policiais – dois civis e dois membros do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).

Além deles, 3 inocentes foram feridos: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.

Um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) também foi baleado e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Na última atualização desta reportagem, ele passava por cirurgia e estava em estado gravíssimo.

 Foto: REUTERS/Aline Massuca

Helicópteros, blindados, drones e veículos de demolição foram utilizados para garantir o avanço das tropas.

A Polícia Civil informou que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.

A Operação Contenção mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares. Esta é a operação mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara.

A operação busca capturar lideranças criminosas do Rio e de outros estados, além de impedir a expansão territorial da maior facção do estado, o Comando Vermelho. Os dois complexos abrigam 26 comunidades.

A operação, que também conta com promotores do Ministério Público Estadual, foi deflagrada a partir de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.

O governador Cláudio Castro afirmou que a ação é uma demonstração de força do estado contra o crime organizado e acusou o governo federal de recusar ajuda.

Já o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que não recebeu pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para apoio à Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha.

“Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação. Nem ontem, nem hoje, absolutamente nada.”

Ele acrescentou que nenhum pedido do governador Cláudio Castro foi negado. O ministro qualificou a operação de “cruenta” em vista das mortes de agentes de segurança pública e de inocentes.

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