A capela de Santa Cruz, edificada em 1961 no lugar da primeira igreja e do primeiro cemitério da cidade, guarda em seu interior uma cruz em madeira.
Única peça restante do antigo templo destruído por um incêndio em 1945. A cruz é um marco na história local, pois Canoinhas era conhecida como Santa Cruz de Canoinhas.
Conta a história que pelo Rio Canoinhas, aqui aportaram os primeiros colonizadores.
Das pessoas que vieram na expedição de 1892, alguém fixou residência no território então explorado: Francisco de Paula Pereira.
Aos poucos, novos companheiros a ele se aliaram, entre eles João Mariano da Luz, Manuel Ferreira de Lima, Camilo Carneiro, Manoel Gravi e Gustavo Waechter, este o primeiro comerciante do povoado.
No alto do morro vizinho, um visionário havia plantado uma grande cruz, feita de madeira lascada. Os povoadores construíram sobre ela uma capela.
O visionário era Francisco de Paula Pereira, que na presença do padre jesuíta João Maria Cybeo, ergueu uma cruz no ponto mais alto e mais próximo ao povoado, originando, então, a capela do lugar.
FERIADO
Há 15 anos o Dia de Santa Cruz é comemorado em Canoinhas no dia 3 de Maio. Feriado que de tempos em tempos volta a ser debatido.
Instituído em 2004, a Lei de autoria de Edmilson Werka e Tarciso de Lima, na época vereadores, tem causado polêmica entre a comunidade, poder executivo e vereadores do município.
Há pressão da classe empresarial para que a data se torne feriado facultativo, porque praticamente emenda com o feriado nacional em 1º de maio (Dia do Trabalhador).
Por outro lado, a Igreja Católica considera que o feriado, além de ter seu significado religioso, possui importância histórica para o município de Canoinhas devido à Guerra do Contestado que ocorreu na região.
Há algum tempo cogita-se que “este será a última vez em que comemora-se o Dia de Santa Cruz em um feriado”. Será este, em 2022, o derradeiro?