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Boa notícia: estudo final da Coronavac mostra maior eficácia da vacina

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Estudo mostra ainda que a Coronavac se revelou eficaz na proteção contra as variantes brasileiras do coronavírus.

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Estudo clínico final sobre a Coronavac divulgado neste domingo (11) mostra que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro.

O estudo foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

As vacinas compostas de vírus inativado, como a CoronaVac, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (utilizada pelo coronavírus para infectar as células).

Como a CoronaVac possui uma proteína Spike completa, pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação nesse elemento.

Segundo artigo científico encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet, uma das mais respeitadas do mundo, a eficácia para casos sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente.

Ou seja, a vacina reduz pela metade os novos registros de contaminação em uma população vacinada.

Segundo o estudo, a eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% depois de um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina.

O estudo diz, no entanto, que é importante mostrar que a eficácia da vacina já aparece na segunda semana depois da primeira dose.

O índice de eficácia global aponta a capacidade do imunizante de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves.

O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Os resultados também apontaram que para os casos que requerem assistência médica a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%, quando o estudo preliminar que subsidiou a autorização do uso emergencial do imunizante no país indicava entre 78% e 100%.

Na prática, significa que a CoronaVac tem potencial de:

  • reduzir pela metade (50,7%) os novos registros de contaminação em uma população vacinada;
  • reduzir a maioria (83,7%) dos casos leves que exigem algum cuidado médico.

Participaram do estudo entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020 12.396 participantes, todos voluntários, em 16 centros de pesquisa brasileiros. Todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, houve 9.823 participantes receberam as duas doses.

Variantes

O estudo mostra ainda que a Coronavac se revelou eficaz na proteção contra as variantes brasileiras P1 e P2 do vírus Sars-Cov-2, por se tratar de uma vacina feita a partir do vírus inativado.

“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona. Não resta nenhuma sombra de dúvida sobre a qualidade do imunizante”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

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