Vídeos que viralizaram nas redes sociais e em aplicativos de mensagens alegam a presença de magnetismo em pessoas que receberam vacinas contra o novo coronavírus. Outras versões afirmam que os imunizantes contêm ímãs.
As informações contidas nos vídeos são falsas e não possuem qualquer respaldo científico, diz nota emitida pelo Instituto Butantan e replicada nas redes sociais: “Alguns veículos de checagem já divulgaram que se trata de fake news. O Butantan repudia a disseminação de notícias falsas”, informa um post no Twitter.
As vacinas contra a Covid-19, incluindo a CoronaVac, possuem apenas componentes necessários para gerar resposta imune e manter a qualidade do produto.
A vacina do Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac não apresenta componentes magnéticos em sua formulação. O hidróxido de alumínio, componente adjuvante, é seguro, aprovado e utilizado há décadas, além de não causar problemas de saúde.
Segundo o diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, materiais paramagnéticos como o alumínio fazem parte da composição do corpo humano e só podem ser influenciados magneticamente por forças muito potentes, como as usadas nos aparelhos de ressonância magnética nuclear.
“Em situações cotidianas, as pessoas não se expõem a essas grandes forças magnéticas. A quantidade de alumínio existente na composição do corpo humano e a exposição diária por ingestão é muito maior que a administrada na vacina, que não é capaz de alterar significativamente a proporção de alumínio de uma pessoa”, explica Palacios.
Há algumas explicações possíveis para que uma moeda grude na pele do indivíduo nos vídeos que têm circulado. Entre elas, a presença de oleosidade na pele, resquícios de cola dos curativos e até truques de imagem. O conteúdo também foi alvo de checagem em outros idiomas e as conclusões apontaram a não veracidade da informação repassada.
Os possíveis efeitos colaterais da CoronaVac estão discriminados em bula. Você pode acessar o documento aqui.
Fonte: Instituto Butantan