Durante a operação Et Pater Filium, que culminou com a prisão do prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, na manhã da última terça-feira (6), a Polícia Civil também apreendeu uma caminhonete Hilux 4×4 com registro de roubo, que foi encontrada nos fundos da casa do prefeito.
De acordo com o Ministério Público (MPSC), o laudo feito na sequência pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) informou tratar-se de um veículo com registro de roubo, cujo número do chassi pertencia a um automóvel licenciado no Município de Nova Santa Rosa, no Paraná, e placas pertencentes a outra caminhonete, licenciada em Mauritânia, Goiás.
Adelmo Alberti foi preso em flagrante pela susposta prática do crime de receptação dolosa. (Receptação dolosa: Adquirir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime).
Dessa forma, além de terem sido preso preventivamente na operação do GAECO, que versa acerca de crimes contra a administração pública, foi lavrado auto de prisão em flagrante contra o prefeito por receptação e ocultação de veículo furtado/roubado.
A prisão em flagrante pela Polícia Civil ocorreu na última terça-feira (6), quando o prefeito estava em Florianópolis.
Nesta sexta-feira (9), o MPSC manifestou-se pela homologação (confirmação) do flagrante e concessão de liberdade provisória mediante pagamento de fiança de R$ 11 mil, já arbitrada pela autoridade policial, e cumprimento de medidas cautelares, perante o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Canoinhas.
Apesar de o Prefeito contar com foro de prerrogativa de função (também conhecido como foro previlegiado), esse suposto crime (de receptação), não tem relação com o seu cargo público, por isso o processo corre em primeiro grau, em Canoinhas, e não perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O Juízo da Vara Criminal de Canoinhas acompanhou integralmente a manifestação do MPSC e fixou o prazo de 72 horas para o recolhimento do valor da fiança. Caso não o faça, os autos retornarão ao magistrado para nova apreciação. A decisão é passível de recurso.
O prefeito Adelmo Alberti e o vereador Vilson Stelzener seguem preso em Caçador, no meio oeste catarinense, por suspeita de integrarem uma organização criminosa voltada para a prática de crimes contra a administração pública, tais como corrupção, fraudes em licitações e peculato (desvio de valores ou bens públicos), de acordo com o Ministério Público.
Outros dois detidos, um deles um empresário do município, estão na Unidade Prisional de Canoinhas.
O caso segue em segredo de Justiça, porém, conforme informações e imagens recebidas pela reportagem do Canoinhas Online e ainda não confirmadas pelas autoridades competentes, um segundo veículo foi encontrado na casa do empresário Josiel Dembinski, na localidade de Serra do Lucindo, interior de Bela Vista do Toldo, durante o cumprimento de mandado de busca referente a mesma operação que prendeu o prefeito.
Foi encontrada uma caminhonete Mitsubishi Triton, de cor branca, que também era clonada e produto de furto ou roubo. Além disso, na propriedade de Dembinski foi encontrado um revólver calibre 32 e várias munições.
Ainda não há previsão de quando o Tribunal de Justiça de Santa Catarina vai quebrar o sigilo do processo que envolve a prisão do prefeito Adelmo Alberti, do vereador Vilson Stelzener, Joziel Dembinski e divulgar o nome da quarta pessoa detida, mas pelo que foi apurado até agora, a situação está bem complicada para todos os envolvidos, principalmente para o prefeito de Bela Vista do Toldo.
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