A Procuradoria Geral do Estado (PGE) está em busca dos recursos da compra dos 200 respiradores (aquela dos R$ 33 milhões de reais) que foram parar no exterior. Segundo a PGE, parte desse dinheiro está em contas na China.
A compra milionária foi alvo da Operação Oxigênio que levou a prisão do ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba, e chegou a causar a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa e levar o governador Carlos Moisés a um processo de impeachment, que depois foi arquivado.
A Procuradoria Geral e a Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais de Santa Catarina estão em articulação com órgãos federais tentando recuperar essas verbas que estão em contas fora do país. É preciso fazer a repatriação desses recursos.
A PGE não informou qual o valor que tá se buscando no exterior, porém sabe-se que 1/3 do dinheiro da compra dos respiradores já retornou aos cofres públicos, cerca de R$ 13,9 milhões.
Outras ações também estão ocorrendo no Brasil. A busca é identificar e pedir o bloqueio de bens de empresas envolvidas nessa compra, com grandes indícios de fraude.
A PGE pediu em uma ação judicial, além dos R$ 33 milhões para serem ressarcidos, mais R$ 12 milhões por danos morais coletivos ao estado, visto que a empresa Veigamed, que foi contratada, não tinha condições técnicas de fazer a importação para o Governo de SC.
Nos últimos dias, a PGE se reuniu com representantes da Polícia Civil e do Ministério Público do estado para discutir maneiras de agilizar essas ações que já foram propostas em busca desse dinheiro.
Dos 200 respiradores comprados, somente 50 foram entregues e não serviam param serem usados em UTIs. Apenas 11 foram aprovados pelos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde e doados a hospitais.