Uma super variante do coronavírus, pior do que a Covid-19, deve surgir no próximo ano, segundo relatórios divulgados na terça-feira (24), citando a afirmação de um cientista de Zurique, que também alertou que todas as pessoas não vacinadas, incluindo crianças , são potenciais espalhadores do vírus.
De acordo com o Dr. Sai Reddy, imunologista especialista do instituto federal de tecnologia ETH Zurich (EPFZ), uma combinação de cepas existentes provavelmente resultará em uma fase nova e mais perigosa da pandemia, a Covid-22:
“A Covid-22 pode ser ainda pior do que a que estamos experimentando agora”, advertiu Reddy, acrescentando que várias vacinas precisarão ser preparadas nos próximos anos, enquanto o mundo continua a lutar contra a ameaça em evolução”.
Em declarações a um jornal suíço de língua alemã, o “SonntagsBlick”, o cientista disse que qualquer pessoa que se recuse a ser vacinada será infectada em algum momento.
Ele apontou variantes do coronavírus da África do Sul (Beta) e do Brasil (Gamma) que sofreram mutação, permitindo que escapassem parcialmente dos anticorpos. A Delta, por outro lado, é muito mais contagiosa, mas ainda não desenvolveu essas mutações.
“A carga viral da Delta é tão grande que qualquer pessoa que não tenha sido vacinada e esteja infectada com a variante pode ser um super espalhador”, acrescentou.
“Se Beta ou Gamma se tornarem mais contagiosas, ou se Delta desenvolver mutações, então poderíamos estar falando sobre uma nova fase da pandemia”, disse Reddy. “Isso se tornaria o grande problema do ano que se aproxima. Pior do que o que estamos experimentando agora. “
“Se a taxa de vacinação não aumentar rapidamente, apenas medidas restritivas severas podem evitar que o pior aconteça”, disse ele.
Ainda segundo o Dr. Reddy, “uma vez que as crianças menores de 12 anos não podem ser vacinadas, elas representam um grande grupo de potenciais super propagadores”.
“Precisamos combater isso com um alto nível de anticorpos”. A vacinação contra o vírus deverá ter de ser regular e atualizada anualmente, provavelmente para o resto das nossas vidas”, alertou o imunologista.