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Acusado de matar estudante pediu ao Senhor do Bonfim para não ser preso

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Toda vez que saía para fazer mais uma vítima, Peres levava um revólver 38 e uma oração do Bonfim, rogando para não ser preso nem atingido por armas.

O assassinato de Renan Silva Loureiro no último dia 25, causou comoção social e teve grande repercussão. O crime aconteceu no bairro Jabaquara, zona sul de São Paulo.

A vítima estava acompanhada da namorada quando foi atacada por um falso entregador. O jovem se ajoelhou e suplicou para não ser morto. O assaltante atirou nele e fugiu de moto após roubar o telefone celular.

Renan (primeiro à esquerda), se ajoelhou, pediu para não ser morto porém foi baleado com 4 tiros e morreu no local. Foto: Redes Sociais

PROTEÇÃO DIVINA

A oração a Nosso Senhor do Bonfim pedindo proteção para nunca ser preso não ajudou o falso entregador Acxel Gabriel de Holanda Peres, de 23 anos, acusado de roubar e matar o jovem Renan.

O criminoso, acusado por latrocínio (roubo seguido de morte) foi capturado por policiais civis na sexta-feira (29). A Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias e deve convertê-la em preventiva na próxima semana.

O santo desta vez não ouviu as preces de Peres, o ladrão assassino, acusado de cometer crimes desde 2011, quando tinha 13 anos, segundo apuraram agentes do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Toda vez que saía de casa para fazer mais uma vítima, Peres levava na cintura um revólver 38 e no bolso da jaqueta o santinho com a oração do Bonfim, sempre rogando para não ser preso nem atingido por armas.

Um dos trechos da oração diz: “E outras armas que para mim levantarem ficarão suspensas no ar e não me atingirão. Outra parte tem a seguinte mensagem: “Corda que em mim botar nos pés há de cair, porta que me trancar há de abrir”.

Peres até ontem permanecia trancado na carceragem do DEIC. Antes, ele prestou depoimento acompanhado da advogada.

DENÚNCIA

Uma ligação anônima para o Disque Denúncia, efetuada no último dia 27, foi decisiva para a identificação e localização de Peres. O autor do telefonema informou onde o assassino morava e que o pai do criminoso se chamava Cléber.

Policiais civis foram checar a informação e quando chegaram ao local, o segurança Cléber de Almeida Peres, 45, pai do ladrão assassino, fugiu, correndo pelos fundos de um terreno, assim que notou a presença dos agentes.

Acompanhados de uma testemunha, os investigadores entraram na casa do assaltante e encontraram um revólver calibre 38 com numeração raspada, provavelmente utilizado no crime, e uma jaqueta preta tipicamente usada por motociclistas.

Em outro endereço ligado a Peres, no Jabaquara, foram apreendidos uma caixa com 27 cartões, foto 3 x 4 de uma mulher, documentos de uma motocicleta, uma bolsa vermelha térmica com a marca iFood usada no roubo pelo falso entregador, além do santinho com a oração do Senhor do Bonfim.

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