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Minas Gerais: Criança morre após levar soco do pai por fazer xixi no chão

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O pai da criança disse que se desesperou ao notar que a menina não tinha mais os sinais vitais e decidiu ocultar o cadáver.

Uma criança de cinco anos foi morta pelo próprio pai após urinar no chão, em Monte Santo de Minas, região sudoeste de Minas Gerais. Adrian Juliano Martins Herculano, de 21 anos, confessou à polícia que deu um soco na filha, Mirelly, para “corrigi-la” após urinar pela terceira vez no chão, mas a menina morreu e ele ocultou o cadáver, que foi achado parcialmente queimado. Ele e a atual namorada foram presos pela morte da criança.

Adrian Juliano Martins Herculano confessou ter matado a filha, de 5 anos, e ter ocultado o corpo da criança. Foto: Redes Sociais / Reprodução

Adrian se entregou cinco dias após o crime. Ele foi à Delegacia de Polícia Civil da cidade na última terça-feira (17), acompanhado de uma defensora e confessou o que fez com a filha. O homem ainda disse que, após os fatos, foi para São Paulo, mas considerando que “sua consciência não permitiu”, retornou para Monte Santo de Minas, ligou para sua advogada e se apresentou à polícia.

Ele contou que no dia 12, após uma discussão com a namorada, saiu da casa dela e voltou para a sua residência acompanhado da filha.

Ele alegou estar nervoso pela briga e disse que viu a urinar no chão por duas vezes e na terceira ação decidiu “corrigi-la”, dando um soco na menina, que caiu no chão e bateu a cabeça.

Segundo a Polícia Civil, o pai da criança disse ter achado que ela havia desmaiado, mas se desesperou ao notar que a menina não tinha mais os sinais vitais. Neste momento, decidiu enrolar o corpo da filha em um cobertor e ocultou o cadáver próximo a um riacho na zona rural da cidade, local de mata e de difícil acesso.

À corporação, ele indicou a localização exata onde o corpo da menina estava. O cadáver foi achado na terça-feira (17) parcialmente queimado, em avançado estado de decomposição, embaixo de alguns galhos e folhas, “utilizados para escondê-lo”, diz a polícia.

No depoimento, o pai não citou que queimou o corpo da menina. A perícia foi acionada e o corpo da criança foi encaminhado para perícia.

Adrian, que tem antecedentes criminais, e a namorada dele, de 24 anos, foram presos preventivamente após emissão dos mandados de prisão temporária.

A Polícia Civil apontou haver “indícios de participação da namorada do investigado nos fatos” e, por isso, a prisão dela foi solicitada pela corporação. O casal encontra-se no sistema prisional, à disposição da Justiça. Não há nenhuma informação sobre a mãe da criança.

HISTÓRICO DE CRIMES

O jovem preso por matar a filha já foi condenado por tráfico de drogas e é conhecido na região por envolvimento com o mundo do crime.

Um levantamento realizado pelo R7 aponta que Adrian Juliano Martins Herculano, de 21 anos, é citado em ao menos 50 boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civil e Militar.

A maior parte deles são de abordagens realizadas em função de denúncias relacionadas ao tráfico. Segundo os registros, os moradores da região o conhecem pelos apelidos de Limãozinho e Abacaxi.

Em 2017, a Justiça determinou que o jovem fosse levado para um Centro Socioeducativo para menores infratores.

Em 2018, quando tinha 17 anos, Herculano foi detido durante uma ação policial contra um grupo apontado como responsável por fornecer drogas a motoristas em uma estrada perto da cidade. Ele estava com oito pedras de crack.

O levantamento ainda mostra que Herculano teria sido um dos responsáveis por mandar agredir um detento na região onde ele mora. O jovem também já foi parado no trânsito ao menos duas vezes dirigindo sem ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Em 2022, Herculano foi condenado por tráfico e associação criminosa. A decisão cabe recurso e o jovem ganhou o direito de responder em liberdade.

Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança e Justiça de Minas Gerais), Adrian Herculano já ficou preso entre abril de 2020 e junho de 2021 e setembro de 2021 a março de 2022. Nas duas vezes, ele foi solto após decisão Judicial, informou o governo.

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