Na noite de segunda-feira (13), em sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Canoinhas, fez uso da Tribuna o Tenente-coronel Silvano Sasinski, Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Canoinhas, onde apresentou dados referentes a ocorrências atendidas/geradas, durante o ano de 2022. No total foram 4.341 mil registros, uma média de 360 por mês. Acompanhe os números abaixo:
- Homicídios/assassinato – 5
- Tentativas de homicídio – 20 (sendo que somente no mês de janeiro foram 10 registros)
- Roubo (quando é usado violência para tomar o bem) – 46 (o maior registro foi também no mês de janeiro, com 23 ocorrências)
- Furto simples (aquele bem que é subtraído sem a presença do proprietário) – 371
- Furto a residência (arrombamento) – 140
- Tráfico de entorpecentes – 47 pontos de tráfico fechados pela ação da PM
- Violência doméstica – 166 casos
- Apreensão de armas de fogo – 20 (sendo que 99% delas eram ilegais, com numeração raspada/adquirida no mercado negro).
Segundo Sasinski, houve um acréscimo muito grande, em janeiro/fevereiro de 2023, no casos de furto simples e furto em residências. Praticamente 100% de aumento. Os furtos simples já somam 55. No caso de arrombamentos, foram registrados 28 deste o início deste ano.
A POLÍCIA PRENDE E O DELEGADO SOLTA
“Com todo nosso aparato, em conjunto com a Polícia Civil, nós conseguimos identificar suspeitos e em alguns casos prender em flagrante. Porém a prisão em flagrante não basta. Em virtude do nosso sistema Jurídico, especialmente nosso sistema Penal, essas pessoas acabam sendo presas porém vão responder em liberdade. O que nós temos hoje, em questão de segurança, é a falta de efetividae da Lei”, explanou o Comandante.
Sasinski também lembrou que é comum a população dizer que “a Polícia prende e o Delegado ou o Juíz, solta”, porém não é a questão da pessoa soltar e sim de que cada profissional, na sua área, tem que aplicar a Lei. “E nossa Lei é muito frágil“.
No Brasil, em regra, é que todos respondam por seus atos criminosos em liberdade, salvo quando há requisitos que demandem a prisão preventiva, como em crimes mais graves.
No furto simples, por exemplo, a pena é de até 4 anos. Se o sujeito foi pego em flagrante, sendo confirmado e provado o delito, porém não tem passagem pela delegacia, ele vai responder em liberdade.
“Destes casos ocorridos em janeiro em Canoinhas, os suspeitos foram presos em flagrante contudo retornaram para a sociedade e continuaram cometendo delitos“, lamentou Sasinski, todavia, as forças de segurança procuraram o Poder Judiciário e obtiveram mandados para efetuar a prisão preventiva dos suspeitos, sendo estes conduzidos para o Presídio Regional. “Assim que essas pessoas estão segregadas [presas], os números [de furtos] caem”, observou.
Na questão de Legislação, mostrando otimismo, o Comandante do 3º BPM acredita que, com a nova formação do Congresso Nacional, possivelmente terá o trâmite da atualização do Código Penal.
“Nós como sociedade, e representantes do povo, temos que procurar os nossos representantes (deputados estaduais, federais, senadores), para que as leis que forem formuladas respondam aos anseios da comunidade, aquilo que o povo está precisando”. No seu entender, atualmente, para as questões de furto, roubo e pequenos crimes, a lei não está adiantando!




