No dia 17 de abril, o suspeito de vazar fotos da autópsia da cantora Marília Mendonça, morta em acidente aéreo em 2021, foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Ontem (26), O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o suspeito, de 22 anos, por ter negociado as fotografias da necrópsia de Marília. A denúncia foi ajuizada pelo Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticose confirmada em nota oficial no site do Ministério Público.
Conforme a denúncia, a divulgação das imagens “não só gerou enorme comoção social, como também insuflou a curiosidade mórbida de diversos usuários, o que fez aumentar o alcance das publicações para milhares de pessoas”.
No dia 13 de abril deste ano, a assessoria de imprensa da cantora informou ter reconhecido fotos dos exames de necropsia realizados no corpo de Marília Mendonça entre o material que circulava e era negociado por redes sociais. A cantora e mais quatro pessoas estavam em um avião que caiu depois de se chocar contra linhas de alta tensão no dia 5 de novembro de 2021, em Caratinga. Todos morreram.
A investigação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) identificou que o jovem, identificado como Felipe Alves, de Santa Maria (DF) compartilhou o conteúdo criminoso sobre a artista na internet.
O registro de prints (fotos instantâneas) de telas de computadores de terminais policiais é a principal hipótese para explicar como se deu o vazamento das fotos da necrópsia da artista sertaneja. Oficialmente, a instituição não comenta a investigação interna sobre vazamento de elementos sob sua guarda.
O jovem também é acusado de ter induzido e incitado discriminação e preconceito de raça e etnia contra nordestinos, conforme o documento. Segundo o delegado Eduardo Fabbro, o acusado ainda divulgou, por meio do Twitter, fotos e vídeos do corpo de duas outras celebridades, Cristiano Araújo e Gabriel Diniz. Eles também morreram em acidentes. As penas somadas podem chegar a 31 anos de prisão, diz a denúncia.