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Congresso faz cortes na Educação e Saúde para bancar emendas em valor recorde

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O texto mantém a meta de déficit fiscal zero, conforme propôs a equipe econômica do presidente Lula.

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O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (22) o projeto da lei orçamentária para 2024. O projeto (PLOA) 2024, prevê despesas de R$ 5,5 trilhões. A maior parte é para o refinanciamento da dívida pública. O texto mantém a meta de déficit fiscal zero, conforme propôs a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A matéria agora vai à sanção presidencial.

O Orçamento aprovado prevê cortes em diversas ações sociais do governo para garantir que o parlamento tenha um valor recorde de emendas parlamentares.

Serão afetados programas como a Farmácia Popular, o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e o Auxílio-Gás. O valor do salário mínimo também deverá ser menor do que o governo federal previa.

A LOA (Lei Orçamentária Anual) prevê R$ 53 bilhões nas três modalidades de emenda: são R$ 25 bilhões para as emendas individuais, R$ 11,3 para as emendas de bancada e R$ 16,6 para as emendas de comissão.

O valor do fundo eleitoral será recorde nas eleições municipais: R$ 4,9 bilhões, o dobro de 2020. O PAC (Programa Aceleração do Crescimento) terá um corte de R$ 6 bilhões em relação ao que estava previsto na LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias) e terá um orçamento total de R$ 55 bilhões. 

O Fies vai perder R$ 41 milhões do que estava previsto. O programa Farmácia Popular terá corte de R$ 336,9 milhões. O vale-gás também terá R$ 44,3 milhões a menor (veja abaixo a lista dos principais cortes).

Em relação ao salário mínimo, o valor que foi apresentado pelo governo era de R$ 1.421, mas deve ser reduzido para um valor entre R$ 1.412 e R$ 1.413. Isso porque o reajuste do mínimo leva em conta a variação do PIB dos dois anos anteriores e o INPC (Índice Nacional dos Preços ao Consumidor) acumulado em um ano.

Como a inflação ficou um pouco menor do que o projetado, isso permitirá ao governo propor um salário mínimo menor que o previsto.

Veja a lista das ações afetadas e o valor dos cortes:

Educação

  • Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) – R$ 41 milhões
  • Apoio à implantação de escolas em tempo integral – R$ 40 milhões
  • Concessão de bolsas de estudo no Ensino Superior – R$ 40,3 milhões
  • Produção, aquisição e distribuição de livros e materiais – R$ 25,9 milhões

Saúde

  • Manutenção e funcionamento do Farmácia Popular – R$ 336,9 milhões
  • Estruturação da Rede de Atenção Primária – R$ 155 milhões
  • Estruturação de Unidades de Atenção Especializada – R$ 345 milhões

Desenvolvimento Social

  • Auxílio Gás – R$ 44,3 milhões

Desastres Naturais

  • Ações de proteção e defesa civil – R$ 49 milhões

Infraestrutura

  • Intervenções para recuperação de rodovias federais – R$ 400 milhões

Previdência

  • Processamento de dados no INSS – R$ 31,3 milhões
  • Atendimento da Clientela Previdenciária – R$ 87 milhões

Exército

  • Manutenção da prontidão da capacidade operativa – R$ 94,4 milhões
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