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Possível negligência médica em Três Barras resulta em amputação de perna de criança

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O Ministério Público vai apurar um suposto erro na aplicação injetável de um medicamento que teria ocasionado a amputação da perna da criança, no hospital infantil, em Joinville.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou uma Notícia de Fato para apurar uma possível negligência médica no atendimento de uma menina no Pronto Atendimento de Três Barras. O caso, que resultou na amputação de uma das pernas da criança, está sendo investigado pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas.

A situação foi relatada à Promotoria, após a suposta administração incorreta de Benzetacil na criança, que tem apenas 4 anos, para tratar de um quadro de dor de garganta, em um posto de saúde do município. Após a aplicação, a perna da menina começou a apresentar manchas roxas. O médico teria dito que era uma alergia.

Levada posteriomente ao Pronto Atendimento, outro profissional também teria dito que era reação alérgica ao medicamento, e receitou um antialérgico.

A situação se agravou e os pais da criança a levaram novamente ao Pronto Atendimento, onde desta vez outro médico teria constatado a gravidade do caso e a encaminhado à Joinville. Ao chegar no Hospital ela foi encaminhada à cirurgia, quando ocorreu a amputação da perna.

Segundo relatado ao Ministério Público, a susposta administração incorreta de Benzetacil teria causado insuficiência renal e, posteriormente, a amputação do membro.

 MPSC investiga possível negligência médica em menina de 4 anos em Três Barras — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/Canoinhas Online

Os familiares relatam que os médicos suspeitam que a injeção tenha sido aplicada acidentalmente na veia ou artéria femoral. A menina está atualmente internada no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, onde já passou por diversas cirurgias.

A Promotora de Justiça Ana Maria Horn Vieira Carvalho, determinou a expedição de ofício à Secretaria de Saúde de Três Barras para obter informações detalhadas sobre o atendimento médico prestado à criança. A Secretaria tem um prazo de cinco dias para responder.

De acordo com a Promotora de Justiça, o Ministério Público busca esclarecer os motivos que levaram à amputação, incluindo a verificação da dosagem e aplicação da medicação.

A investigação visa garantir a responsabilização adequada e a prevenção de futuros incidentes semelhantes. Até o momento, o município de Três Barras não se manifestou sobre o caso.

O Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria informou nesta quarta-feira (11) que o estado de saúde da paciente é estável, sem previsão de alta e que ela está recebendo todos os cuidados necessários de acordo com os protocolos médicos recomendados.

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