Café acumula inflação de 80% em 12 meses e registra maior alta desde o Plano Real

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Alta histórica no preço do produto reflete efeitos do clima na agricultura e pressiona ainda mais a inflação dos alimentos no país.

O café moído registrou uma inflação acumulada de 80,2% nos 12 meses encerrados em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da maior alta anual para o produto desde o início do Plano Real, em julho de 1994. De acordo com o IBGE, a variação supera todos os registros de 12 meses desde a estabilização da moeda.

Apenas no período entre junho de 1994 e maio de 1995, quando ainda vigorava a transição do Cruzeiro Real para o Real, o café moído teve aumento maior, acumulando alta de 85,50%.

Em abril de 2025, o preço do produto subiu 4,48%, desacelerando em relação ao avanço de 8,14% observado em março. Mesmo assim, o impacto sobre o bolso do consumidor segue expressivo.

A forte elevação do preço do café está inserida em um cenário mais amplo de pressão inflacionária sobre os alimentos no país. Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,82% em abril, sendo o principal responsável pela alta de 0,43% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês.

Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,53%, superando com folga o centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,0%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Esse é o maior patamar do índice desde fevereiro de 2023, quando atingiu 5,60%.

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