telemedicina

fesmate

‘Fiquei gripado por causa da vacina’: mito ou verdade?

Avatar photo
“É possível pegar gripe da própria vacina contra a gripe”? “Quem tomou a vacina no ano passado precisa se vacinar de novo”? “Não pertenço ao grupo de risco, preciso me vacinar”?

Todos os anos, na época de vacinação, essas dúvidas continuam circulando. Saiba mais sobre a vacina, e tire suas dúvidas com orientações do Ministério da Saúde.

Posso morrer da vacina da gripe?

Não. É comum circularem durante a campanha boatos de que a vacina pode estar associada a ataques epiléticos, sequelas físicas e até morte.

Não há nenhum registro de que tenha ocorrido qualquer um desses casos em pessoas que tenham se imunizado contra a gripe. E, mais uma vez, vale o argumento: é uma vacina muito segura por ser feita a partir de vírus inativado“, afirma a coordenadora do Ministério da Saúde.

Quem tem prioridade?

O Ministério da Saúde disponibiliza doses da vacina no SUS para os grupos prioritários, que têm fator de risco associado caso adoeçam. 

Fazem parte desses grupos: crianças de 6 meses até 6 anos incompletos, idosos (mais de 60 anos), gestantes, puérperas de até 45 dias, portadores de doenças crônicas, professores das redes pública e privada, profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas.

Devo tomar vacina todos os anos?

Para estar protegido sempre, é preciso se imunizar anualmente. Dois motivos explicam isso: a duração da imunização da vacina – de 10 a 12 meses – e as mutações do vírus influenza.

A vacina é feita com os vírus que mais circularam no ano anterior. Quem avalia quais vírus são esses é a Organização Mundial da Saúde, que repassa essa informação aos laboratórios produtores da vacina. Por isso, a composição muda de um ano para outro, sendo necessário se vacinar todo ano“, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Para 2019, estão nesta vacina tríplice os vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 (atualizado) e um Influenza B também atualizado. Portanto, a vacina deste ano é diferente da vacina de 2018.

Há efeitos colaterais à vacina?

É possível observar dor no local da aplicação da injeção e uma leve irritação cutânea.

Em casos mais raros, febre baixa já foi relatada. Mas em qualquer um desses casos, não é preciso se preocupar. A pessoa deve apenas estar atenta para não confundir os sintomas com alguma outra doença já pré-existente no organismo.


Quanto tempo a vacina leva para fazer efeito? 
Uns 15 dias.

‘Fiquei gripado por causa da vacina’: mito ou verdade?

Diversos mitos circulam no Brasil durante a campanha de vacinação. O principal deles a ser rebatido é o de que se contrai gripe depois de se vacinar.

A vacina é feita com vírus inativado, ou seja, vírus morto. Por isso, não é possível adquirir gripe a partir da vacinação. Isso é boato.

Mas há explicações para esse mito existir: a vacina contra a gripe não protege de um simples resfriado.

Existem, pelo menos, 20 agentes diferentes que podem causar resfriados, cuja sintomatologia é muito parecida com um quadro de gripe. 

Alguém pode tomar a vacina e, coincidentemente, ter um quadro muito semelhante à gripe, mas o que ela está, na realidade, é apenas resfriada.

Outra explicação para que pessoas fiquem com sintomas da gripe mesmo depois de vacinadas está na própria composição da vacina, que muda ano a ano.

A vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação. 

Logo, uma pessoa pode se infectar com algum vírus Influenza que não está contido na vacina daquele ano. Aí sim, ficará gripado mesmo estando vacinado.
Como há muitos vírus respiratórios circulando nesta época, muitas pessoas acham que foi a vacina que deu “gripe”.

Gripe e resfriado são doenças diferentes?

Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. 

A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo.

Não pertenço aos grupos de risco. Por que me vacinar?
É importante que todos os brasileiros – salvo as exceções – tomem a vacina, pois o vírus se dissipa pelo ar, o que o torna altamente contagioso. Assim, se todos se previnem, teremos menos vírus circulante, pois eles terão menos hospedeiros para se dissipar.

Não há no SUS doses para toda a população do Brasil, mas há vacina suficiente para atender a todos os grupos recomendados pelo Ministério da Saúde.

Quem não está neste grupo pode receber na rede privada. A vacina custa de 100 a 200 reais.

Quem está com febre pode tomar a vacina?

 É mais prudente esperar o processo febril terminar e depois receber a vacina.

O que não tem remédio, é espalhar fake news sobre saúde. Com respaldo técnico de equipes especializadas, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura, sendo que seu resultado não se resume a evitar doenças. 

Vacinas salvam vidas. A recomendação é: não dê ouvidos às notícias falsas e vacine-se!
Notícia Anterior

Acidente grave na BR-280 em Canoinhas deixa três vítimas feridas

Próxima Notícia

Durante briga no Campo da Água Verde, homem usa bloco de cimento para atingir o vizinho