Operação foi para combate ao esquema de tráfico de drogas e celulares em presídios principalmente no norte catarinense. |
Na manhã desta quinta-feira (7), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do Grupo Regional de Joinville, deflagrou Operação Progresso, em apuração à entrada de aparelhos celulares e drogas no Presídio regional de Joinville.
Mais de 150 agentes do GAECO, do Departamento de Administração Prisional e das Polícias Civil e Militar saíram para cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão temporária em Joinville, Araquari, Balneário Barra do Sul, Canoinhas, Mafra e Curitibanos.
Até o início da manhã desta quinta, pelo menos dez pessoas haviam sido presas em flagrante, entre elas um agente penitenciário, segundo o promotor Ricardo Paladino.
Até o início da noite desta quinta (7) não havia sido divulgado o resultado da operação em Canoinhas e nos municípios onde foi deflagrada a operação.
Investigações
A operação engloba duas investigações, sendo que a primeira apurou crime contra administração pública, relacionada à inserção de aparelhos celulares no Presídio Regional de Joinville (PRJ), e a segunda, apurou a conduta de integrantes de organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios catarinenses, envolvidos com tráfico ilícito de drogas.
As investigações iniciaram em março de 2019 e durante este período foram identificados aproximadamente 50 investigados envolvidos supostamente com organização criminosa voltada à prática de crime contra a administração e tráfico de drogas.
O primeiro procedimento que apura crimes funcionais, verificou a existência de supostos grupos de agentes penitenciários envolvidos com particulares que inseriram ilegalmente aparelhos celulares nos presídios, mediante pagamento de propina.
A equipe de investigação apurou a forma e modo como as esposas/companheiras/parentes preparavam as drogas ilícitas para serem entregues aos presos.
Em relação ao primeiro procedimento de investigação criminal foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e quatro de prisões temporárias.
Já em relação ao segundo procedimento, foram expedidos 38 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisões temporárias.
O nome da Operação
Durante as investigações foram identificados alguns termos recorrentes e próprios dos integrantes da suposta organização criminosa. Dentre estes termos, foi identificado PROGRESSO que pelo contexto expressava evolução, ganhos, melhoria para o mundo do crime.
A operação foi nominada de Progresso fazendo alusão contrária, ou seja, visou melhorar o sistema prisional em prol da segurança pública.
Participaram da operação mais de 150 (cento e cinquenta) policiais oriundos do 8º BPM, 17º BPM, 27º BPM. CPT, Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais, Canil Central, Polícia Civil (DIC, DPCAMI, DH, Canil, CPP e Delegacias de Polícia de Joinville e Canoinhas), Corregedoria do DEAP, além dos integrantes dos GAECO de Florianópolis, Itajaí, Criciúma, Lages, Chapecó, Blumenau e São Miguel do D\’Oeste.