Cristiano perdeu o movimento de alguns músculos da face e não consegue mais sorrir. Foto: Reprodução |
Cristiano Mauro Assis Gomes, uma das vítimas do caso Backer, teve alta nesta sexta-feira (6). Ele foi vítima de intoxicação por dietilenoglicol após beber da cerveja Belorizontina. Seis pessoas morreram, vítimas da intoxicação.
Cristiano deu entrada no hospital na véspera do natal passado, ficou internado 71 dias, sendo 44 deles no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ele chegou a perder 11kg.
As mudanças na sua vida foram muito impactantes. Até 19 de dezembro, ele orientava alunos de pós-graduação na Universidade Federal de Minas Gerais. Uma semana depois, seu desafio era conseguir respirar.
O professor do departamento de psicologia vai precisar fazer hemodiálise três vezes por semana, além de tomar remédios para hipertensão.
Ele perdeu o movimento de alguns músculos da face, não consegue mais sorrir, por isso vai fazer uma terapia experimental com uma fonoaudióloga envolvendo lasers na tentativa de reverter o quadro. Ele também anda e fala com bastante dificuldade.
Após quase três meses internado, grande parte na UTI, Cristiano agora está com a família. Foto: Foto: Danilo Girundi |
Sua mulher reforçou que eles nunca receberam nenhuma assistência ao longo de todo processo. Além dos gastos com hospital, a família terá que gastar cerca de R$ 33.000 por mês com tratamentos, medicamentos, fonoaudiólogos entre outras coisas.
Flávia ainda se diz angustiada, já que seu marido sempre teve um ótimo físico, era muito saudável e era um esportista. \”Ainda sou esportista, mas meu esporte agora é dar um passo\”, disse Cristiano.
Até o momento, a Backer não se pronunciou sobre as declarações do casal.
—Enquanto a Backer não nos atende, da maneira como vem fazendo, reforço meu desafio de luta. Quero ver até onde ela vai sem se sensibilizar e quando será uma empresa um pouco justa. Eu não quero dela humanidade, eu quero justiça. Ela é responsável por tudo o que aconteceu — disse.
G1/MINAS