Um perfil no Twitter compartilhou uma foto na segunda-feira (7) que mostra o pacote de arroz de 5kg sendo vendido por R$ 42,99 em um dos supermercados da rede Condor, do Paraná. |
A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, decidiu nesta quarta-feira (9) reduzir a zero — até 31 de dezembro deste ano — a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado.
O Comitê-Executivo de Gestão da Camex estabeleceu que a redução está restrita a uma cota de 400 mil toneladas de arroz com casca não parboilizado e arroz semibranqueado e branqueado, não parboilizado.
O objetivo é reduzir o custo do arroz importado para aumentar a oferta e conter a alta de preços do produto no mercado interno, mas para quem espera preços menores nos próximos meses, a expectativa dos especialistas não é otimista. Como é época de entressafra, é difícil que os valores caiam tanto até o início de 2021, pelo menos.
A partir das explicações, a Senacon vai apurar se houve abuso de preço e/ou infração aos direitos dos consumidores. Uma eventual multa pode ultrapassar os R$ 10 milhões.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, afirmou nesta quarta-feira (9) que os comerciantes não são os \”vilões\” no aumento dos preços dos alimentos da cesta básica – incluindo o arroz e o óleo de soja, principais afetados no último mês.
Neto se reuniu nesta quarta com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, para tratar do assunto.
\”Nós explicamos ao presidente que já estamos fazendo isso [cortando o lucro]. Nós sempre fizemos, na cesta básica, porque o setor é muito competitivo. A gente não repassa de vez nossos aumentos […] Não vamos ser vilões de uma coisa que não somos responsáveis\”, afirmou Neto.
A fim de tentar reduzir os preços do produto no mercado interno, o governo cogitou zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% sobre a importação de arroz de países fora do Mercosul.