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Quadrilha é suspeita de cobrar por cirurgias gratuitas do SUS no Hospital Angelina Caron, no PR

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Entre os presos estão dois médicos, técnicos de enfermagem e um auditor fiscal da de uma regional da Secretaria de Saúde do Paraná. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Catorze pessoas foram presas em uma operação da Polícia Civil, nesta terça-feira (6), contra uma quadrilha suspeita de envolvimento na venda de cirurgias bariátricas, realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com as investigações, os suspeitos furavam a fila de espera pela cirurgia, com a ajuda de várias pessoas envolvidas, e lucraram mais de R$ 10 milhões com a venda dos procedimentos.

Além dos 14 presos, mais três pessoas também foram detidas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Trinta e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na operação.

Entre os presos estão dois médicos, técnicos de enfermagem, donos de pousadas, aliciadores, um auditor fiscal da uma regional da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), em Curitiba, e um vereador de Taquarituba, no interior de São Paulo, segundo o delegado Thiago Nóbrega.

“Esse esquema é investigado há muitos anos. Nós temos informações de denúncias já a partir de 2017 e acredito que agora apareçam mais”, afirmou o delegado. 

Ele disse que as denúncias partiram de alguns pacientes e do Ministério Público do Paraná.

As investigações apontam ainda que a quadrilha conseguiria receber em duplicidade os valores pagos pelo SUS ao hospital pelas bariátricas.

Os suspeitos são investigados por organização criminosa, extorsão, falsidade ideológica, uso de documento falso e concussão. Em nota, o Hospital Angelina Caron disse que não realiza qualquer tipo de cobrança de paciente para os procedimentos feitos pelo SUS.

“O hospital está e sempre esteve à disposição das autoridades, não tendo recebido qualquer notificação em processo aberto para apurar práticas ilegais que envolvam seus colaboradores”, diz a nota.

A secretaria de Saúde informou que abriu procedimento interno para apurar possíveis ilegalidades e que se for comprovada qualquer irregularidade, os envolvidos sejam responsabilizados.

Os pacientes, muitas vezes, estavam aguardando há anos na fila para serem operados pelo SUS e acabavam aceitando pagar até R$ 3 mil pelas cirurgias, que deveriam ser gratuitas.

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