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Policiais civis, militares e Bombeiros se unem em oração em torno de Hospital em Xanxerê

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Em Xanxerê, no oeste catarinense, policiais civis e militares e bombeiros foram ao Hospital Regional São Paulo e fizeram uma oração pela recuperação dos pacientes e pela saúde dos profissionais dos profissionais que atuam na linha de frente à pandemia.

A ação foi realizada nesta quinta-feira (25) e dedicou um período de aplauso. Em seguida, em comboio, todos seguiram até o ambulatório de campanha, repetindo o gesto para os profissionais que lá se encontravam.

Xanxerê está com todos os leitos de UTI e enfermaria para Covid-19 lotados. No Hospital Regional São Paulo, todos os 20 leitos estão ocupados. Segundo o médico coordenador da emergência, alguns pacientes esperam por uma UTI em poltronas no hospital.

Na quarta-feira (24), a Prefeitura de Xanxerê, juntamente com a equipe médica do Hospital divulgou informações sobre cenário do sistema de saúde da cidade. 

“Desespero”, “agonia” e “colapso” foram as palavras usadas por um médico, pelo prefeito e pelo diretor do hospital para descrever a situação atual.
“Estamos em colapso total no Hospital Regional São Paulo. Não temos mais condições de atender pacientes neste momento. Nós estamos com pacientes sendo atendidos em corredores e em salas improvisadas. A equipe está esgotada. 
A cada dia que passa, nós perdemos profissionais pelo estresse, pelo abalo emocional, pelo cansaço físico e mental desses profissionais”, disse o diretor da unidade, Fábio Lunkes.
Para o médico Vinicius Chies de Moraes, que coordena o setor de emergência e o da UTI-Covid na unidade, a previsão para os próximos dias é preocupante. Vinicius afirmou que a difícil decisão de escolher quem será intubado já é uma realidade.

“A situação é desesperadora. E não é uma situação que está por acontecer, ela já aconteceu, e está acontecendo. Nós teremos mortes em grande escala. Ou nós nos unimos ou, infelizmente, cenas que a gente só viu na televisão irão acontecer aqui. 

E não é daqui a uma semana. Quem sabe amanhã [quinta-feira], ou depois. Nós não temos mais condições [de atender a demanda] e não temos mais respiradores”, desabafou.
Médico que coordena o setor de emergência e o da UTI afirmou que a difícil decisão de escolher quem será intubado já é uma realidade.