AGÊNCIA BRASIL – Um incêndio causado pela explosão de um tanque de oxigênio em um hospital que trata pacientes com covid-19 em Bagdá, no Iraque, matou pelo menos 82 pessoas e obrigou algumas a pularem do prédio em chamas pelas janelas, disseram testemunhas e autoridades neste domingo.
Enquanto as equipes de resgate vasculhavam o prédio carbonizado, o primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi culpou a negligência e suspendeu seu ministro da Saúde, Hassan al-Tamimi. Será realizado um inquérito sobre o incêndio, ocorrido no sábado (24), no hospital Ibn Khatib.
Em um comunicado, a Comissão de Direitos Humanos diz que o incêndio se trata de “um crime contra os pacientes que foram obrigados a recorrer ao hospital em consequência da gravidade da doença causada pela covid-19” e que confiaram suas vidas à eles.
Cerca de 110 pessoas ficaram feridas. A maioria dos mortos e feridos eram pacientes.
O primeiro-ministro iraquiano declarou luto e lamentou as vidas perdidas no incêndio. Ele afirmou que o Estado se compromete a conceder todos os direitos às famílias das vítimas, assim como tratar dos feridos “em todos os níveis dentro e fora do Iraque”.
Já dizimado pela guerra e por sanções econômicas, o sistema de saúde do Iraque tem encontrado dificuldades para lidar com a crise do novo coronavírus, que matou 15.257 pessoas e infectou mais de 1 milhão.
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