Como parte de suas ações de pesquisa, a Fiocruz também está com três projetos de vacina em desenvolvimento, ainda em fase de estudos pré-clínicos. Vacinas em desenvolvimento passam por estudos pré-clínicos (em animais) e clínicos (em seres humanos).
Um desse projetos é o desenvolvimento de uma vacina sintética para o novo coronavírus.
A vacina da Pfizer, por exemplo, também é desenvolvida forma sintética (RNA mensageiro) usando a informação do código genético do vírus, isso permite que a vacina possa ser alterada rapidamente para poder agir contra variantes. A produção pode ser feita em grande escala, o que permite respostas rápidas a grandes surtos e epidemias.
A vacina sintética que está sendo desenvolvida pela Fiocruz, projeto inteiramente brasileiro, tem como base biomoléculas ou peptídeos antigênicos de células B e T, ou seja, contém pequenas partes de proteínas do vírus Sars-CoV-2 capazes de induzir a produção de anticorpos específicos no processo de defesa do organismo.
Na fase de estudos pré-clínicos, serão feitas formulações vacinais com essas biomoléculas acopladas em nanopartículas, para avaliação “in vivo”, onde serão obtidos os primeiros resultados relacionados à imunidade conferida ao novo coronavírus.
A partir desses resultados, parte-se para a fase dos estudos clínicos de fases I, II e III (testes com seres humanos).
A forma sintética da vacina foi escolhida por ser mais rápida, em comparação às metodologias tradicionais, pelo custo reduzido de produção e pela estabilidade da vacina para armazenagem.
Mesmo em processo acelerado de desenvolvimento tecnológico e com resultados positivos em todas as etapas futuras, a vacina nacional de Bio-Manguinhos/Fiocruz não deverá chegar ao registro antes de 2022.