Em postagem em uma rede social na tarde desta quinta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro falou em proteger brasileiros, mas não cita guerra. Bolsonaro disse estar totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia.
“Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente”.
A Embaixada do Brasil em Kiev está renovando o cadastramento dos brasileiros e orientando-os, por SMS ou por meio de mensagens em seu site, em sua página no Facebook e em grupo do aplicativo Telegram.
Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e em outras regiões em conflito, que mantenham contato diário com o governo brasileiro por meio da Embaixada.
SEM PLANO DE RESGATE
O secretário de Comunicação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Leonardo Gorgulho, disse que, até o momento, o Brasil não tem um plano de resgate para retirar os brasileiros que estão na Ucrânia. Segundo o Itamaraty, cerca de 500 brasileiros estão no país.
O governo brasileiro estuda implementar um plano de evacuação por via terrestre, mas ainda não há data nem ponto de encontro definidos.
Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações do serviço consular da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam.
Estando o espaço aéreo ucraniano fechado, a embaixada pretende implementar, assim que possível, um plano de contingência para a evacuação dos brasileiros.
POSIÇÃO DO BRASIL SOBRE O CONFLITO
Este foi o primeiro pronunciamento de Bolsonaro sobre invasão da Rússia à Ucrânia, mas não se posicionou sobre a questão.
O presidente fez uma viagem oficial à Rússia, na semana passada. Ao lado do presidente Vladimir Putin, Bolsonaro disse que é solidário à Rússia, sem especificar sobre o que se referia essa solidariedade.
A declaração do presidente criou um desgaste para a diplomacia brasileira, em especial com os Estados Unidos. Após a declaração, Bolsonaro afirmou que não tomou partido “de ninguém” ao se solidarizar com a Rússia.