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Homem que matou jovem em Cascavel se apresenta à polícia e sai preso

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Suspeito chegou na delegacia não sabendo que já havia um mandado de prisão preventiva contra ele, afirmou o delegado.

O homem suspeito de ter matado um jovem de 22 anos, com tiros a queima-roupa, depois de uma briga de trânsito, em Cascavel, no Paraná, se apresentou na Delegacia de Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira (25).

Após prestar depoimento, recebeu voz de prisão e saiu algemado (veja aqui o vídeo do momento do crime). 

O homicídio teve repercussão nacional e tomou conta dos noticiários e redes sociais no dia de ontem.

Suspeito se apresenta para dar depoimento e sai algemado. Foto: Vídeo/Reprodução/Redes Sociais

O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (24). Ailson Augusto Ortiz estava em uma moto e foi baleado ao menos três vezes por um motorista de um veículo Renault Fluence, que fugiu em seguida.

O carro usado pelo autor dos disparos, Elias Pires, de 54 anos, foi apreendido pela Polícia Militar (PM) ainda na tarde de quinta.

Equipes da PM e da Polícia Civil também encontraram três armas na residência: uma carabina calibre 22, uma escopeta calibre 12 e um revólver calibre 38.

A arma utilizada no crime (uma pistola 380) não foi localizada nessa ocasião. O armamento foi encaminhado para a 15°Subdivisão Policial de Cascavel.

Em nova diligência nesta sexta (25), a arma usada contra a vítima foi encontrada na casa de Elias.

Armas encontradas na casa do suspeito. Foto: catve.com/Reprodução

Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele tinha permissão para usar armas para caça, como atirador, e também como colecionador. As armas possuem registros.

Elias Pires chegou à delegacia no fim da tarde de hoje, acompanhado pelo advogado.

Segundo o Delegado Eduardo Valim, da Homicídios de Cascavel, o suspeito chegou não sabendo que já havia um mandado de prisão contra ele.

Momento em que o suspeito deixa a Delegacia. Foto: Reprodução

“Dentro da Delegacia nós demos voz de prisão para ele, efetuamos a prisão preventiva para que não saísse livre pela porta da frente, devido a gravidade do crime, e demonstrar para a sociedade que a delegacia de Homicídios cumpre o seu papel e não deixa que nenhum autor de crime grave venha a prestar seu depoimento e sair pela porta da frente”.

Ainda de acordo com Valim, durante o depoimento, Elias se recordou de ter fechado o jovem de moto, e depois iniciado uma discussão.

Disse que levou um golpe de Alisson e a única maneira de se defender foi efutuar os disparos. Elias tem várias passagens pela polícia, uma delas por ameaça com arma de fogo, segundo a Polícia Civil.

Elias Pires foi levado para a Cadeia Pública da cidade e irá responder por homicídio qualificado.

O CRIME

Um áudio de uma câmera de segurança captou parte da discussão de trânsito que resultou na morte de Ailson Augusto Ortiz. Pelo vídeo é possível ouvir duas pessoas discutindo. Na sequência o homem dispara três vezes.

A qualidade do áudio não permite compreender todo o diálogo entre os envolvidos na discussão. Em determinado momento, é possível ouvir o suspeito questionando Ailson: “Quem que jogou o carro pra cima de você, rapaz? Quem que jogou o carro pra cima de você?”.

Ailson responde e, na sequência, ouvem-se os três disparos. Em seguida, o suspeito ordena a um morador: “Vai pra dentro!”, e para a pessoa que estava junto com ele: “Vai, entra no carro”.

Vítima tinha 22 anos. Foto: Arquivo

Outra pessoa, que passava pelo local, disse que os dois estavam discutindo porque um fechou o outro no trânsito.

“Eu vi que eles estavam discutindo. O menino que faleceu aqui foi dar um soco no senhor, o senhor puxou uma pistola e atirou nele à queima-roupa, foi o que eu vi. Depois eu, tipo assim, me assustei e não vi mais nada. […] Só sei que foi uma fechada de trânsito. Acho que às vezes ele pode ter fechado o menino aqui e o menino não gostou, foi pra cima dele, foi uma discussão, daí ele pegou a pistola e atirou” à queima-roupa”.

O pai de Ailson, Vagner Ortiz, diz que ele era “um menino doce, não tinha problema com ninguém, não era de bagunça, de festa, de balada, só trabalhava, ia pra casa, família. A gente pede justiça, acabou com uma família”, lamentou o pai.

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