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Única sobrevivente do massacre em creche na Tailândia estava dormindo na hora do ocorrido

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Não está claro como ela conseguiu sobreviver, mas a menina, de 3 anos, foi foi encontrada acordada, ao lado dos corpos dos amiguinhos.

Emmy, de três anos, estava tirando uma soneca ao lado da melhor amiga na creche que frequenta, no nordeste da Tailândia, quando um atirador invadiu o local com um fuzil, uma pistola e uma faca, na última quinta-feira (6).

A classe, de 11 crianças de idades parecidas às de Emmy, havia passado as horas anteriores desenhando e pintando. Por volta das 10h (hora local), os professores mandaram fotos das crianças para seus pais – elas estavam felizes e sorridentes.

Duas horas depois, no momento da soneca, o ex-policial Panya Kamrab, de 34 anos, invadiu o local. Testemunhas dizem que ele primeiro disparou contra funcionários da creche, incluindo uma professora grávida de oito meses, antes de entrar em três salas de pré-escola. Ele assassinou todos os colegas de classe de Emmy enquanto dormiam.

Não está claro como ela conseguiu sobreviver. Mas Emmy foi encontrada acordada, ao lado dos corpos dos amiguinhos.

“Ela não tinha ideia do que estava acontecendo quando acordou”, diz seu avô, Somsak Srithong, em entrevista à BBC na casa da família.

“Ela achava que seus amigos ainda estavam dormindo. Um policial cobriu o rosto dela com um pano e a carregou para longe de todo o sangue.”

As equipes de resgate levaram Emmy para o segundo andar da escola para preservá-la da cena de terror. Daí vasculharam as duas outras salas, na esperança de encontrar mais sobreviventes.

Emmy, porém, é a única das três salas invadidas pelo atirador na cidade de Nong Bua Lamphu. No total, 37 pessoas morreram, incluindo a mulher e enteado do agressor. Vinte e quatro desses mortos são crianças, a maioria tinha apenas dois anos. Após o massacre na creche, o ex-policial assassinou a mulher, o filho dela e cometeu suicídio.

O motivo do ataque ainda é desconhecido. De acordo com a polícia, o ex-policial morava na região e havia sido tenente-coronel da polícia antes de ser demitido no ano passado por uso de drogas.

No mesmo dia do ataque, ele havia comparecido a uma audiência judicial, por acusação de comércio de metanfetamina. O veredito do seu caso era previsto para o dia seguinte.

Texto publicado originalmente em  BBC News