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Policial suspeito de matar professora seguirá preso, diz MPSC

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Prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva na audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira (25).

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O Policial Militar Orlando Seara da Conceição Júnior, suspeito de ter praticado feminicídio contra a ex-companheira, Alessandra Abdalla de 45 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após manifestação do Ministério Público de Santa Catarina, em audiência de custódia realizada no final da tarde desta sexta-feira (25). 

Orlando Seara da Conceição Júnior seguirá preso. Foto: Redes Sociais / Divulgação

O crime foi praticado por volta das 7h30 de ontem (24), após a vítima descer do ônibus para à creche na qual trabalhava como professora no bairro Tapera. Ela teria sido abordada e discutido com o ex-companheiro, que sacou a arma e a matou. 

Alessandra tinha uma medida protetiva contra o ex-marido. Foto/Reprodução

“Todos os dias um número significativo de mulheres, jovens e meninas são submetidas a alguma forma de violência no Brasil: assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição. Os autores nutridos por mecanismos conscientes e inconscientes de raiva, intolerância, agressividade e inaptidão social, movidos pela patologia do apego, praticam crimes diversos”, ressaltou o Promotor de Justiça André Otávio Vieira de Mello.

Segundo o mapa da violência do Conselho Nacional de Justiça, o número de mulheres assassinadas aumentou expressivamente no brasil. No ranking mundial do feminicídio, o Brasil está entre os cinco países, junto com El Salvador, Guatemala, Colômbia e Rússia, que estatisticamente apresentam maiores índices de feminicídio.

O Cronometro da Violência Contra as Mulheres no Brasil aponta que a cada duas horas uma mulher é assassinada. A cada dois minutos uma mulher é espancada.

JUSTIÇA

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, professores, alunos, trabalhadores, movimentos populares, partidos políticos e população se uniram no ato chamado pelo Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) que exigiu justiça por Alessandra Abdalla, covardemente assassinada a tiros pelo ex-marido.

Foto: Sintrasem / Divulgação

“Alessandra era professora do NEIM Tapera, e teve a vida cruelmente interrompida pelo ex-companheiro quando chegava para trabalhar. O assassino, Orlando Seara da Conceição Junior, é policial militar e não aceitava o término do relacionamento e a ameaçava. Esse crime cruel e sem sentido reafirma, mais uma vez, o enorme sofrimento gerado pelo machismo estrutural e pela violência contra a mulher. Os bárbaros crimes de feminicídios precisam acabar”, diz uma postagem do sindicato nas redes sociais.

No Brasil, uma mulher é assassinada a cada sete horas por em casos de violência doméstica e familiar ou por causa de seu gênero, o que é caracterizado como feminicídio. Foi o caso de Alessandra Abdalla.

A violência não pode ser normalizada. Precisa ser combatida, desde a família e a escola, em todos os locais de trabalho e lazer, passando por políticas públicas efetivas e contundentes.

Há diversas formas de violência contra a mulher, psicológica, sexual, física,  moral, patrimonial e econômica. Combata e denuncie sempre!

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