Em evento com brasileiros na Church of All Nations na Flórida, nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que “aos olhos do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]” não conseguiu se reeleger, mas que a sua missão “ainda não acabou”. O vídeo, com as afirmações, foi compartilhado nas redes sociais do ex-presidente no sábado (11). Na ocasião, ele também comentou sobre a situação dos índios yanomamis.
A palestra na Church of All Nations (Igreja de Todas as Nações”, em tradução livre), da Assembleia de Deus, foi organizada pelo movimento YES Brazil USA, um grupo que se denomina como “cristãos de direita”.
“É uma satisfação muito grande a forma que vocês tem me tratado em qualquer lugar desse mundo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu se reeleger. Todos nós temos uma missão aqui na Terra, a minha missão ainda não acabou. Não interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil”, disse o ex-presidente ao iniciar a palestra. “Nós, nossa geração, já faz parte da história do Brasil. Um Brasil esquecido, roubado, saqueado e desrespeitado”.
“Essa questão yanomami agora. A intenção não é atender a esses. Porque ali tá misturado, 40% da terra yanomami tá no Brasil e 60% tá na Venezuela. É uma região ourífera, com riquezas incomensuráveis. Se não tivesse riqueza lá, não seria demarcado como terra indígena. Os interesses são muitos. Não há interesse em ajudar a população”, disse Bolsonaro.
“A população [de Roraima] são o povo mais pobre no solo mais rico do mundo. Tentamos em 2021, com um projeto, libertá-los. Não conseguimos chegar ao final, mas a semente foi plantada”, afirmou o ex-presidente, sem explicar o que seria esse projeto.
Nas declarações de ontem, Bolsonaro também criticou a demarcação de novas terras indígenas: “Isso é pelo meio ambiente? Não é. Por que esse ataque? É econômico. Estão preocupados com nosso bem-estar dos nossos irmãos indígenas? Não. A preocupação é com as girafas da Amazônia”, ironizou.
No mesmo evento, afirmou que planeja voltar ao Brasil “nas próximas semanas”. Ele não disse qual seria a data específica para o retorno. Bolsonaro está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro.



