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Fiocruz: VCR continua sendo maior causa de internação de crianças de até 4 anos

Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (20), destaca que o sinal de crescimento de Sindrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se mantém presente em 16 dos 27 estados brasileiros.

Em relação às ocorrências associadas a outros vírus respiratórios, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam manutenção do predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) em todas as faixas da população adulta, embora indicando possível interrupção do crescimento ou início de queda em diversos estados.

Em contrapartida, o estudo destaca sinal de aumento nos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados. Entre as crianças se mantém o predomínio de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) – a maior causa de internações em crianças pequenas, até 4 anos.

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para vírus sincicial respiratório e 75,0% para Sars-CoV-2, informa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

vírus sincicial respiratório (VSR) esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no Brasil nos primeiros três meses de 2023. Entre janeiro e março, foram mais de 3,3 mil infecções – dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos.

Os sintomas são parecidos como os de um resfriado comum: febre, tosse, espirros, coriza e mal-estar. Em adultos com imunidade elevada e boas condições de saúde, eles desaparecem em poucos dias, mas entre os pequenos e os mais velhos, a infecção pode evoluir e atingir brônquios, alvéolos e pulmões, o que pode ser fatal.

Diante do cenário de aumento de casos de SRAG associados à Covid-19, bem como o crescimento nas ocorrências a associadas ao vírus influenza A, Gomes reforça a importância de adesão às campanha de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe.

“As vacinas contra a Covid-19 e contra a gripe são as principais ferramentas para evitar internações e mortes causadas por essas doenças”.

Diante do atual quadro da população infantil, o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que, se a criança estiver com sinal de infecção respiratória, o ideal é não enviá-la para a escola ou creche. “Assim, podemos tentar frear a disseminação de vírus respiratórios em crianças”. 

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