Cebolas contaminadas com praga que não existe no Brasil são destruídas pela Receita Federal

Na segunda-feira (8) a Receita Federal destruiu 22 toneladas de cebolas que foram importadas de maneira irregular e estavam contaminadas com uma praga que não existe no Brasil.

Segundo a instituição, os produtos não tinham a documentação sanitária necessária e eram importados irregularmente da Argentina. As cebolas foram enterradas no aterro sanitário de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

De acordo com Paulo Bini, delegado da Receita Federal, a carga foi encontrada dentro de um galpão no dia 11 de abril.

“No depósito foi verificado que os produtos vinham com uma marca argentina e havia a troca de embalagem para uma marca nacional, para a inserção irregular no mercado nacional”, afirma.

Segundo o delegado, análises feitas por técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária indicaram que os produtos estavam contaminados com uma praga que não existe no país, por conta disso, os produtos não puderam ser doados.

Bini explica que, caso os itens fossem comercializados, poderiam trazer problemas para o mercado nacional.

“A questão está em uma praga que esta cebola pode trazer no plantio. Quando você reinsere in natura no mercado, pode estar contaminando as plantações nacionais que ainda não tem aquele produto”, diz.

Análises feitas em uma carga de alho, apreendida na mesma operação, apontaram que os produtos estavam viáveis para consumo. Com o resultado, o vegetal foi considerado apto para doação, porém com utilização restrita à industrialização.

Com isso, a Receita Federal destinou ao Provopar do município de Missal, também no oeste do Paraná, 62 toneladas do alho apreendido.