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Mãe e padrasto de Luna vão a júri nesta quinta em Timbó

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Júri popular vai ocorrer após um ano e sete meses do crime que chocou o Vale do Itajaí.

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A Vara Criminal da comarca de Timbó, no Vale do Itajaí, realiza nesta quinta-feira (16), a partir das 9h, o julgamento da mãe e do padrasto acusados de matar Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, em abril de 2022. O caso teve ampla repercussão social e chocou toda a comunidade da região.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 13 de abril do ano passado, no interior da residência do casal, os denunciados espancaram a menina de 11 anos até a morte, causada por politraumatismo.

A polícia concluiu que no dia do crime, o padrasto foi até a escola da menina por volta das 15h30, para tentar transferi-la e não conseguiu. Ele voltou para casa frustrado e começou a agredir a menina com socos, chutes, cotoveladas e com um objeto semelhante a um relho, que é um chicote usado para domar cavalo, que deixou marcas no corpo da criança.

As agressões aconteceram até ela ficar desacordada. Professor de artes marciais, ele saiu para dar aula e quando voltou continuou as agressões, que resultaram na morte da criança.

Por volta da meia-noite o casal levou a menina ao hospital afirmando que ela havia caído de uma escada, mas Luna já estava sem vida.

Após o homicídio, cometido por motivos fútil e torpe, os denunciados apagaram a memória de seus celulares e iniciaram a limpeza e reorganização da cena do crime para impedir o descobrimento da verdade.

Ainda segundo a denúncia, antes do homicídio da menina, por diversas e continuadas vezes, o casal submeteu a vítima a intensas violências físicas e psicológicas, sob o indevido pretexto de aplicar castigo pessoal e medida de caráter preventivo para que a menina se comportasse conforme seus desejos.

Receosos de que os ferimentos e a violência fossem revelados, eles ainda mantinham a menor privada de liberdade.

Os réus serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, tortura, cárcere privado, estupro de vulnerável e fraude processual.

Além do interrogatório dos réus, cinco testemunhas foram arroladas e serão ouvidas. O casal está preso preventivamente desde o dia 15 de abril de 2022.

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