A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu, nesta quarta-feira (5), o inquérito policial que investigava um caso de maus-tratos contra alunos, em Irati. A ex-professora, de 61 anos, foi indiciada pelos crimes de violência arbitrária e maus-tratos.
O crime ocorreu no dia 15 de maio deste ano, durante o horário letivo. Ela era professora na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Rural em Irati e foi flagrada pelo sistema de videomonitoramento da escola quando conteve uma aluna com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista pelos cabelos.
Os pais da jovem agredida (o pai é professor e a mãe é médica) disseram que a família ficou em choque ao ver as imagens. A família contou que a filha estuda na Apae há cerca de um ano e meio.
“É uma imagem muito brutal mesmo. Quando você manda seu filho para a escola, você, no mínimo, imagina que ele vai estar seguro lá dentro. Então, a gente ainda está tentando absorver, a gente tá em choque com tudo isso que aconteceu”, disse a mãe.
Após extenso conjunto de diligências e depoimentos, a investigação apurou que a professora se excedeu nos meios de correção e disciplina quando conteve a aluna, incidindo no crime de maus-tratos, bem como utilizou de violência, consumando o crime de violência arbitrária.
A Polícia Civil ainda apurou se a violência praticada tratava-se de conduta recorrente ou foi fato isolado, tendo sido apurado que trata-se de fato único, de excepcional gravidade, não havendo indícios de outros casos de agressão ocorrida na instituição.
Durante as investigações também foi possível verificar que outro servidor ficou sabendo das agressões praticadas, não tomou as medidas necessárias para que o fato fosse levado à direção ou as autoridades e, por isso, praticou o crime de corrupção passiva privilegiada.
Em razão da gravidade da conduta praticada, também foi representado para que a professora seja afastada de suas funções, bem como não frequente mais a Apae Rural em Irati. Ambos os servidores indiciados respondem pelos crimes em liberdade.
O inquérito policial foi encaminhado à justiça.