Bombeiro preso por desviar produtos doados à Defesa Civil é denunciado pelo Gaeco

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O militar foi preso em maio, ao ser flagrado desviando doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

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Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, capitão do Corpo de Bombeiros que auxiliava a Defesa Civil na logística para recepção e distribuição de donativos às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul foi preso em flagrante pelo Gaeco na madrugada do último dia 30 de maio, em Curitiba. Além dele, outro homem, tio do capitão, foi preso por participação no esquema criminoso.

Nesta semana, o Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apresentou denúncia criminal por peculato contra Fogaça.

O militar, que encontra-se afastado liminarmente das funções, caso seja condenado, pode perder o cargo em definitivo. A ação penal já foi recebida e tramita na Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual.

Conforme a denúncia, o bombeiro foi preso em flagrante por uma equipe do Gaeco em uma distribuidora de bebidas no bairro Uberaba, na capital.

A equipe do Gaeco flagrou o momento em que, após a saída dos recrutas do Exército, o capitão estacionou uma camionete no local que guardava donativos – um galpão cedido à Defesa Cvil em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba – e a carregou com fardos d energético.

Ele seguiu, então, com destino à distribuidora de bebidas, onde foi preso quando descarregava os itens. Há informações de que a dupla já estava comercializando pela internet parte dos produtos desviados.

O Ministério Público relata na ação penal que o militar apropriou-se de diversos itens – além das bebidas – como roupas, computadores e ferramentas, entre outros, incorrendo no crime previsto no artigo 303, §1º, do Código Penal Militar (peculato), que é passível de pena de reclusão por até 15 anos.

Receptador – Um tio do agente público também foi denunciado pelo Gaeco pelos crimes de receptação e posse irregular de arma de fogo.O processo ainda não foi recebido pelo Judiciário.