O irmão do homem que confessou ter matado os dois filhos e a mulher no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foi quem colocou fogo nos corpos das vítimas, segundo a Polícia Civil. Ele agiu para ajudar o irmão a esconder os corpos depois que as vítimas já tinham sido mortas a tiros, disse a polícia.
Os dois suspeitos foram presos, segundo a Polícia Civil, depois que as vítimas foram encontrados carbonizadas dentro de um carro perto de uma ribanceira em Ibirama na quinta-feira (29). O Edinéia Telles e os filhos, de 2 e 4 anos, estavam desaparecidos desde terça-feira (27).
Dinâmica do crime
Conforme o delegado André Amarante, as mortes aconteceram na terça, quando Gilson Haskel chamou a vítima e os filhos até a casa dele para conversar sobre “situações relativas ao casal, guarda dos filhos e pensão”. Edinéia morava no local, mas teria deixado o imóvel por conta da separação algum tempo antes.
O suspeito atirou contra as vítimas com um revólver e uma espingarda. Depois, enterrou as armas no fundo da própria casa.
Após o crime, Haskel chamou o irmão até a casa para ajudá-lo esconder os corpos. Ainda conforme o delegado, os dois homens trocaram de veículos. O autor foi detido no Paraná e tinha como objetivo chegar ao Paraguai.
“O irmão acabou auxiliando colocar os corpos no veículo e foram então deslocados até uma localidade do interior da cidade, no interior na cidade de Ibirama, onde eles acabaram ateando fogo no veículo“, afirmou o delegado à NSC TV.
O irmão do autor dos crimes deve responder por ocultação e destruição de cadáver, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e por deixar de comunicar a autoridade competente a violência contra criança e adolescente.
Haskel tinha passagens policiais por ameaça e lesão corporal, segundo a Polícia Militar. Um mês antes dos corpos terem sido encontrados, Edinéia denunciou o homem e pediu pedida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
Preso comendo lanche
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi preso também na quinta, enquanto comia um lanche em um restaurante entre Guaraniaçu e Ibema, no Paraná. Inicialmente, ele questionou o motivo da abordagem, mas confessou os crimes à PM em seguida.