‘Cancela o óbito’: idoso é resgatado vivo dentro de saco mortuário no MS

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Caso ocorreu esta semana no Hospital Regional em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Movimentos dentro do saco mortuário chamou a atenção de funcionários de necrotério.

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Um idoso de 72 anos, dado como morto, após a internação no Hospital Regional, em Campo Grande (MS), “voltou à vida” quando já estava no necrotério da instituição. Movimentos no saco mortuário chamaram a atenção dos funcionários, que ao abrirem o invólucro o encontraram com sinais vitais, mas respirando ofegantemente. Ele foi socorrido e encaminhado para um leito de emergência.

O caso ocorreu na última quarta-feira (4), quando o idoso completava 48 horas de internação no hospital, em razão de uma insuficiência cardíaca. A família havia visitado o paciente e recebido a informação da equipe médica que estado de saúde dele era muito grave, com quadro de choques séptico e cardiogênico e perda da função renal.

A médica falou que o estado de saúde dele era irreversível e para nos preparamos para o óbito, porque ele não restava reagindo, mesmo com a aplicação de doses muito altas de medicamentos. Cerca de 15 minutos depois a própria médica veio nos informar que ele havia falecido. Muito tristes, começamos a avisar a família, os amigos e a pensar na questão do funeral, já processando tudo que envolve a perda de um ente querido”, relembra Carlos Oliveira, filho do idoso.

Carlos conta que cerca de duas horas após receber a informação da morte do pai recebeu uma ligação da mesma médica o deixando abismado. “Nos ligou dizendo que havia ocorrido um engano. Que meu pai estava vivo. Disseram para cancelar o óbito”.

Após ser informado que o idoso havia voltado para um leito de emergência, o filho e outros familiares começaram a buscar esclarecimentos sobre o que havia realmente acontecido ao paciente.

“Conversamos com os médicos que disseram que foi declarado o óbito dele. Retiraram a entubação e todos os aparelhos que davam suporte a vida. Ele foi colocado em saco e levado para o necrotério, onde começou a se mexer. Acharam serem espasmos do corpo, mas quando abriram viram que ele estava vivo, mas com dificuldade para respirar”, comenta o filho.

Apesar do quadro grave de saúde do seu pai, Carlos diz que mesmo após “voltar à vida” no necrotério, ele não foi levado para uma unidade de terapia intensiva (UTI). “Disseram que não havia vaga e ele voltou para um leito de emergência. Somente nesta sexta-feira (6) ele deve ser transferido. Seu quadro de saúde continua muito grave, mas ele estava vivo e lutando”.

Revoltada com a situação e com o descaso com que o idoso foi tratado, a família vai registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil para o caso ser apurado.