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Feminicídio em SC: Mulher é morta pelo marido e corpo é abandonado em estrada

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A vítima foi morta com quatro disparos de arma de fogo. O autor do crime foi preso.

Cristiana Almeida Araújo de Andrade, de 39 anos, foi encontrada morta na localidade de Cerro Alto, em Palmeira, na Serra Catarinense, na tarde de domingo (25). A vítima foi morta com quatro disparos de arma de fogo.

A Polícia Militar (PM) informou que o suspeito ligou para o número 190, informou do ocorrido e confirmou a localização do corpo, abandonado na estrada geral de acesso à localidade, cerca de quatro quilômetros do centro de Palmeira.

Ao chegarem ao local indicado, os policiais encontraram o corpo da vítima, e a equipe do Samu confirmou o óbito, constatando ferimentos no peito e abdômen causados pelos disparos.

A PM prendeu o homem que cometeu o crime contra Cristiana. Após informar o ocorrido e mandar a localização do corpo, o acusado e marido da vítima, foi preso em um sítio na localidade de Rancho de Tábuas. Com ele, foi encontrada a arma utilizada no crime. 

Arma usada no crime foi apreendida – Foto: PMSC/Divulgação

A Prefeitura de Palmeira decretou luto oficial nesta segunda-feira (25), em decorrência da morte da servidora pública. O expediente no Poço Municipal foi suspenso a na tarde de hoje.

Cristiana era de Lages, mas morava em Palmeira. Ela deixa duas filhas. O velório está acontecendo na Capela Mortuária de Palmeira. A cerimônia de despedida será na tarde desta segunda-feira (25), seguindo para o Cemitério de Cerro Alto.

O caso chocou a comunidade local e reabre o debate sobre a violência contra a mulher. Santa Catarina registrou 46 feminicídios entre janeiro e outubro de 2024, de acordo com os dados do Observatório de Violência contra a Mulher do Estado (OVM-SC). O número é o equivalente a uma mulher assassinada a cada 6,6 dias.

Nesta segunda-feira (25), é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A violência contra a mulher inclui várias formas de agressão, como a violência física (agressões e lesões), psicológica (humilhações e controle emocional), sexual (coerção para relações indesejadas), patrimonial (destruição de bens) e moral (calúnias e difamações).

Duas em cada dez mulheres já foram ameaçadas de morte pelo parceiro, namorado ou ex, de acordo com pesquisa do Instituto Patrícia Galvão divulgada hoje. Os dados estimam que quase 17 milhões de brasileiras já viveram ou vivem em situação de risco de feminicídio.