Cortina de fumaça e fúria: Prefeito de Bela Vista do Toldo evita respostas e ataca a imprensa

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Carlinhos Schiessl prefere o ataque à imprensa do que dar explicações sobre o controverso processo seletivo.

Na noite da última terça-feira (15), o prefeito de Bela Vista do Toldo, Francisco Carlos Schiessl, subiu à tribuna da Câmara de Vereadores, onde segundo ele próprio, através de comentários nas redes sociais, iria “esclarecer” fatos levantados pelo Canoinhas Online sobre o controverso processo seletivo de Bela Vista do Toldo.

O que deveria ter sido um momento de esclarecimento sobre as denúncias de irregularidades no processo seletivo da prefeitura, tornou-se um festival de descortesia e ódio, pelo qual manifestamos nosso repúdio.

Assistimos a um espetáculo de descontrole, agressões verbais e acusações contra a imprensa – essa “patifaria” que, segundo ele, se alimenta de “questões podres” e “quer dinheiro público”.

É muito grave a insinuação – mas ainda é a falta de provas. Se existe algum documento que comprove essa proposta indecorosa, que o prefeito o apresente. Por outro lado, o Canoinhas Online pode apresentar provas concretas de que o prefeito se valeu de mentiras para manchar a honra de quem só está cumprindo seu papel junto a comunidade.

Lembramos ao ilustre prefeito que há 12 anos, o Portal Canoinhas Online leva informação à comunidade com ética e transparência. Quando cobramos explicações, cumprimos nosso dever de fiscalizar o poder público. Se algo está errado, cabe ao gestor corrigi-lo, não tentar desqualificar quem denuncia.

Francisco Schiessl foi eleito para liderar, não para intimidar. Governar é responder às dúvidas, acolher críticas e corrigir falhas. Atacar quem pergunta é admitir que não se tem resposta. Se a sua gestão é transparente, por que tanto furor ao ser questionada?

Não satisfeito, também lançou farpas contra outro jornalista de Canoinhas, renomado por sua lisura. Perguntamos: qual a lógica de atacar quem só cobra respostas se não há argumentos para rebater as perguntas?.

A transparência que nunca veio:
Schiessl garantiu que “tudo transcorreu da maneira mais transparente possível”, sobre os processos seletivos. Mas onde estão as explicações para:

  • Dois editais distintos (CLT e estatutário) que deveriam ter sido concursos públicos?
  • A comissão de aliados nomeados pelo gabinete ter elaborado e aplicado as provas, sem qualquer equipe técnica independente?
  • Os cargos criados pela Câmara, ausentes nos editais, destinados a servidores de carreira ou a apadrinhados?
  • O cancelamento de provas por envelopes violados e questões já marcadas, em flagrante descumprimento do próprio regulamento?

Enquanto o prefeito despejava seu ódio, não ouvimos uma única resposta satisfatória.

O silêncio institucional:
Procuramos vereadores e secretários, mas o que recebemos foi omissão. A assessoria do prefeito, idem. Ainda assim, Schiessl encontra tempo para ofender internautas nas redes sociais, mandando “à merda” quem o critica.

Ministério Público, mostre-se:
O prefeito afirmou que as denúncias teriam sido arquivadas pelo MPSC. Se isso é verdade, que ele torne públicos os autos do procedimento, o despacho de arquivamento e os fundamentos legais. É o mínimo para demonstrar boa-fé e restabelecer a confiança da população.

O papel da imprensa:
Não defendemos políticos nem partidos; defendemos o interesse público. Nosso papel é cobrar ética, honestidade e responsabilidade dos governantes. Não temos “parcerias” para silenciar críticas: temos compromisso com a sociedade.

Carlinhos Schiessl encerrou sua fala na Câmara afirmando que está “sempre aberto ao diálogo” e que, em quatro anos, “quero mostrar que melhoramos muito Bela Vista”. Com base no que vimos, há mais dúvidas do que certezas.

Ataques à imprensa não são novidades. Continuaremos firmes em nossa missão: informar e cobrar transparência.

O prefeito de Bela Vista do Toldo precisa se mostrar à altura do cargo que exerce e entender que “a imprensa deve servir aos governados, não aos governantes”.

Felizmente, para a sociedade, governantes autoritários e intimidadores passam e não deixam saudades. E a imprensa, sempre fica.