Entidade questiona programa de escolas cívico-militares em SC; caso vai parar no STF

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CNTE argumenta que a presença militar nas escolas pode trazer regras e valores que não combinam com a liberdade de pensamento e expressão que a Constituição garante.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a criação das escolas cívico-militares em Santa Catarina. A ação foi entregue ao ministro Dias Toffoli, que decidiu levar o caso diretamente para julgamento no Plenário e pediu explicações ao governador do estado.

O foco da discussão é o Decreto que criou esse tipo de escola. A CNTE afirma que o modelo vai contra a Constituição porque interfere na forma como as escolas públicas devem ser administradas.

Um dos pontos criticados é que militares da reserva, ligados à Secretaria de Segurança Pública, estão participando da gestão escolar, o que, segundo a entidade, tira a autonomia da Secretaria de Educação.

A CNTE também argumenta que a presença militar nas escolas pode trazer regras e valores que não combinam com a liberdade de pensamento e expressão que a Constituição garante. Outro ponto levantado é que o gasto por aluno nessas escolas é quase o dobro do valor investido nas outras escolas estaduais.

Por fim, a confederação diz que o modelo catarinense não segue o que está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que reconhece apenas dois tipos de escolas públicas: as de ensino básico e as militares.

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