Funcionários de pet shop são indiciados por morte de cachorra por enforcamento

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A shih tzu permaneceu amarrada em uma bancada por quase três horas, se agitou, caiu da bancada e morreu por enforcamento.

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A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), através da Delegacia de Proteção Animal (DPA) da Capital, concluiu a investigação sobre a morte de uma cachorra da raça shih tzu em um pet shop localizado no bairro Estreito, em Florianópolis.

Dois funcionários do estabelecimento foram indiciados por maus-tratos qualificado e majorado pela morte do animal.

De acordo com a investigação, após passar por banho e tosa, a cachorrinha foi colocada em uma bancada alta e amarrada pelo pescoço com uma corda. Enquanto aguardava seu tutor, os dois colaboradores da pet shop a deixaram sozinha no local. A cadela se agitou, caiu da bancada e morreu por enforcamento.

A apuração da DPA revelou que o procedimento padrão do pet shop seria devolver os cães aos canis após a secagem, permitindo que o banhista atendesse outros animais.

Os investigados alegaram que, no caso da shih tzu, esse protocolo não foi seguido porque ela era considerada muito ansiosa e se machucava ao ser colocada no canil, além de urinar e defecar no local, sujando-se novamente.

No entanto, a delegacia responsável pelo caso considerou que o suposto comportamento agitado da cachorra, contestado pelo tutor, não justificava o descumprimento do protocolo de segurança e bem-estar animal.

A investigação constatou que a shih tzu permaneceu amarrada na bancada por quase três horas, sem acesso à água e sem um local adequado para suas necessidades fisiológicas, configurando uma situação de risco que culminou em sua morte.

A Polícia Civil destacou que quem, com sua ação ou omissão, coloca um animal em situação de risco de sofrimento físico ou morte, é responsável pelo resultado.

Nesse sentido, tanto a funcionária que amarrou a cachorra na bancada quanto o funcionário que a deixou sozinha no local foram indiciados por maus-tratos.

Além da responsabilização criminal dos colaboradores, a Delegacia de Proteção Animal oficiou o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) para que o órgão tome as providências administrativas cabíveis em relação ao pet shop e seus procedimentos.